Este é um tópico muito interessante para mim, pois se ainda não sabes tenho formação em Design de Moda, e esta integração entre os vários mundos onde me movimento tem sido extremamente enriquecedora.
Ainda nos tempos de faculdade houve um tema que me interessou particularmente, a estimulação neurológica criada pelas peças de roupa que usamos todos os dias. Existem várias formas desta estimulação acontecer, mas vou falar de uma das mais importantes para a meditação, a pressão. A nossa pele, tida muitas vezes como o nosso “maior órgão”, contém imensos terminais nervosos que activam o nosso cérebro de forma a que tenhamos uma maior perceção do mundo. Vulgarmente poderíamos chamar a este aspecto o tacto, mas existem coisas para lá do simples toque.
Sempre que estamos a usar uma peça de roupa mais justa estamos não só a criar uma zona de contacto, como estamos a activar uma série de terminais nervosos que vão passar o dia a dizer “está aqui alguma coisa!“. Por outras palavras o nosso cérebro mesmo que tente descansar, vais estar sempre com uma chamada de atenção a essa zona.
Não é complicado observar que em diversas culturas os hábitos das pessoas ligadas às práticas religiosas são, na sua maioria, hábitos largos com pouca forma. É comum inclusive que sejam peças cuja forma não é desenhada à imagem do corpo (quase que são simples panos). O propósito poderá variar em cada cultura, mas uma coisa é certa, se o vestuário estiver afastado do corpo físico o nosso cérebro estará muito menos estimulado e por sua vez mais calmo e receptivo à “viagem astral”.
É por isso que, independentemente do tipo de meditação que estamos a fazer, eu recomendo sempre:
Uso de roupa larga, de preferência sem elásticos ou cintos.
Evitar elementos pesados como fivelas, relógios, brincos, etc.
Evitar os tecidos mais pesados ou que possam criar alguma irritação na pele.
No tempo frio é preferível uma manta leve e quente que muitas camadas de roupa.
Por último, usem peças que gostem! Pode parecer estranho mas não é… Quem nunca teve que usar uma peça de roupa emprestada porque ficou uma noite em casa de um amigo? Que nem é necessariamente feia, mas apenas não é um hábito nosso. Por mais “escondida” que a peça esteja vamos passar o dia a relembrar a sua presença, e por isso também é importante que usemos sempre peças que nos deixem confortáveis a todos os níveis, inclusive ao nível estético.
Para um mundo que está em transformação decidi afirmar aqui algumas palavras. Não preciso justificar-me mas sinto cada vez mais necessidade de ver esta mudança acontecer em mim e nos outros, e aqui nasce a vontade de escrever.
As preocupações ambientais no meu dia-a-dia são algo que tem vindo a moldar algumas escolhas minhas e não sentia correcto que algumas delas não fossem ainda mais transparentes no projeto Atlas do Ser. Por mais espiritual que seja o meu trabalho eu vivo na matéria, e poderás ter qualquer crença religiosa mas ela não será colocada em prática sem um mundo saudável à nossa volta. Vou falar então de algumas coisas que fui alterando na minha vida e que têm um impacto directo no projeto do Atlas, assim como algumas que ainda quero mudar no decorrer deste ano.
/ Incenso
Comecei por reduzir os incensos com componentes estranhos ou nocivos, passei a usar opções mais naturais e acabei por não comprar mais incenso porque cheguei à consciência de que todos os nossos antepassados fizeram sempre tudo com as ervas locais, minimizando químicos, transportes e embalagens.
/ Cristais
Na sequência lógica dos incensos, aos poucos fui descobrindo a forma como os cristais são extraídos, falsificados e transportados. Há cristais maravilhosos espalhados pelo nosso país fora, possíveis de apanhar sem grandes esforço, e sem os custos associados dos outros. Comecei então a fazer uma lista que em vez das propriedades energéticas de cada cristal contém as origens reais, para eu ter real consciência do que estou a comprar. Sendo que a prioriedade continua a ser comprar/apanhar o mais próximo possível.
/ Óleos essenciais
Não vou repetir as questões dos transporte e origem das plantas, acontecem os mesmos fenómenos com os óleos. Aqui acresce a produção excessiva de frascos pois as quantidades normalmente vendidas são pequenas, assim como acresce a falta de informação sobre a segurança do seu manuseio por parte de algumas marcas. Opto cada vez mais por criar infusões com ervas locais, mais suaves, mas com menos impacto ambiental.
/ Impressão de material
O projecto do Atlas não requer muito material impresso, a grande base é digital, mas ainda assim surgiu o projecto do Caderno de meditação assim como está a nascer um Oráculo. Estes objectos estão a ser pensados para cumprirem com parâmetros rígidos de produção, tintas utilizadas e formas de transporte e embalamento, para que a sua pegada ecológica seja cada vez menor. Não irei abandonar para já o formato impresso, há mistérios da matéria que o mundo digital não pode ainda transmitir, mas há muitas formas de contornar a produção destes materiais.
/ Tintas
A parte artística do Atlas é algo que tem sido um desafio, mas com tempo chegarei às soluções certas. A ideia é que todo o papel seja o mais amigo do ambiente possível, assim como as tintas, o produto final não é algo descartável, mas importo-me com as formas de produção das tintas e papeis assim como o transporte associado.
Em suma, há muitos aspectos que já foram mudando, ainda há muitas outras coisas a aprimorar sem dúvida, mas é bom que esta seja cada vez mais uma realidade possível. Sem ser mais cara, sem ser mais difícil e muito mais transparente!
The mind can go in a thousand directions. But on this beautiful path, I walk in peace. With each step, a gentle wind blows. With each step, a flower blooms. -Thich Nhat Hanh
A meditação não é apesar estar em silêncio de forma imóvel. A meditação é um momento de observação e ponderação, uma escuta activa sobre as nossas questões presentes, a transformação que vives actualmente.
Com a meditação poderás viver o momento e o meio circundante de forma mais clara e estável, sem ficar preso ao passado ou preocupado com o futuro. Mas nem sempre é simples meditar, a agitação diária os estímulos por vezes são tantos que se torna complicado ter esse momento de tranquilidade. É precisamente por isso que escrevo este momento na Natureza, um momento livre de níveis de aprendizagem ou mestria, um passeio consciente com aquilo que o universo tem de melhor para nós.
A título pessoal eu sou uma pessoa muito activa, tenho prazer em fazer desporto e estar fisicamente activo, quando comecei a meditar foi muito complicado não ter vontade de me mexer chegando até a entrar em ansiedade. Quando comecei a ter alguma prática de meditação comecei também a entender que eu na realidade tinha um conjunto de momentos meditativos que “fugiam” das normas, descobrindo as meditações activas sem dar conta disso.
Numa meditação activa existe um propósito firme em cada movimento ou acção. O foco da nossa atenção deixa de ser o comboio de pensamentos e dúvidas, passando a ser apenas um movimento, um objecto ou uma parte do corpo. Quando desligamos a pressão dos preceitos e regras, desligamos também a pressão de corresponder a um “ideal de meditação”, e começamos a ser capazes de brincar livremente com este momento especial.
Passos para uma meditação activa na natureza:
Encontra em trilho minimamente conhecido para que te sintas confortável com ele e que garanta alguma tranquilidade, com poucas pessoas por perto.
Começa apenas por agradecer. Observa, ainda imóvel, o local ao teu redor e agradece a sua energia agradecendo também a ti por te estares a permitir viver este momento. Sempre respirando em ciclos longos.
Enraíza bem a tua energia. Se possível faz o exercício sem nada calçado, ou com uma sola bastante fina. Ainda sem sair do lugar, mexe os dedos dos pés, activa a tua raíz, sente o chão por baixo da sola dos teus pés.
Neste ponto a tua respiração já deve estar mais suave e longa e o início da caminhada deve responder à mesma cadência da respiração. Passos demorados, com calma, e respeitando o teu ritmo. A cada movimento foca os teus sentidos num cheio, numa cor, num som… Permite que eles comuniquem livremente contigo.
Sem dar conta o espaço começa a vibrar contigo e os pensamentos em cascata agora são apenas um riacho suave e gentil. Se algum pensamento ou pessoa persistir na tua mente não o rejeites, mas também não o alimentes. Pergunta apenas “não vou lidar contigo agora, mas o que realmente me preocupa tanto face a isto?”, tentando não examinar a situação em si mas sim o fundamento. Ansiedade? Algum receio? Uma preocupação? Seja o que for agora é o momento de viver este local e viver o teu corpo.
Permanece o tempo que sentires que deves, terminando conforme começaste, agradecendo. Olha em redor para os novos detalhes que viste. Olha para ti e sente a diferença no corpo e na respiração.
Este é um exercício genérico e poderás adaptar e editar a teu gosto, desde que te permitas sempre à criação da ligação com a mãe natureza. Lembra-te sempre que a mãe natureza dá sempre todas as hipóteses para que a energia flua, as respostas cheguem e que a vida aconteça em harmonia.
O apogeu do Deus Sol, o ponto máximo conhecido também como Solstíciode Verão, onde o Sol nos presenteia com o maior número de horas ao longo do dia (isto para o hemisfério norte), celebrado no dia 21 de Junho.
Este ponto alto do ano simboliza a grande maturidade do Deus Solar, o pulsar máximo da sua energia, gerando também essa mesma energia na Mãe Terra que vibra intensamente durante este período, sendo este o grande motivo pelo qual há uma preferência por colher plantas e flores para futuramente transformar em incensos, banhos florais ou para aromatizar a casa. O auge do sol traz também o auge da seiva e da floração ao universo das plantas, garantindo mais poder energético a tudo o que é colhido durante esta fase.
Em várias culturas este dia é celebrado com a invocação ao fogo, criando grandes fogueiras ou através de jogos e festas pois a ligação ao nosso corpo físico estará em evidência durante esta época. É a maturação do calor, da luz e da acção feita até aqui.
Com esta premissa já podemos definir algumas palavras chave a ter durante este período. Expandir, gerar, maturar, colher, florir.
Mas como qualquer auge, ele é em si mesmo o prenúncio da dissipação desta força, pois após a grande dia o Deus Sol irá gradualmente começar a reduzir a sua exposição, recolhendo novamente a sua energia, e dando lugar à noite, aos dias mais frios e à nutrição das emoções mais profundas. É por isso um bom momento para colher e aproveitar ao máximo tudo, pois sabemos que a estabilidade de hoje será o fogo que aquecerá o nosso inverno.
O meu desafio pessoal para este dia será entrar em contacto com a minha expansão actual, valorizando a jornada até aqui, celebrando todos os ganhos e conquistas, e reforçando a minha força pessoal para manter o crescimento firme e estável nos próximos meses!
Há algum tempo atrás comecei a escrever e a estudar mais coisas sobre a cor, as suas possibilidade de expressão na natureza e a energia que transportam consigo.
Nesta publicação sobre a cor, eu já descrevia alguns dos processos físicos que envolvem a visualização e absorção das cores. Mas senti que devia falar um pouco mais, de forma mais clara e com maior detalhe.
As cores que vemos (e as que não são visíveis para nós humanos) são variações de comprimentos de onda. Como poderás ver mais em baixo no gráfico, o maior comprimento de onda dá origem às cores mais quentes, assim como o menor comprimento de onda dá origem às cores mais frias. Para lá do espectro visível existem ainda mais ondas como os infravermelhos (com uma energia inferior ao vermelho visível) ou os ultra-violetas (com uma energia superior ao violeta visível).
Se o teu olhar capta uma cor, vamos imaginar o amarelo, significa que o objecto observado está a absorver todos os restantes comprimentos de onda, reflectindo apenas as ondas correspondentes ao amarelo. Este aspecto cria uma interessante análise sobre a lei hermética da correspondência, “o que está em cima é como o que está em baixo. O que está dentro é como o que está fora”, pois cada cor visível tem em si mesma todas as que não estão visíveis aos nossos olhos. Esta é a alquimia da cor, a transformação do espectro total de luz em algo que absorvo internamente e em algo que espelho ao universo.
Imagina agora um cristal vermelho ou laranja, associados normalmente a um aumento de força vital pelo “fogo que transportam consigo”, esse cristal na realidade está a emitir um comprimento de onda com muito pouca energia, mas está a absorver tons de verde, azul e violeta que são um conjunto de comprimentos de onda muito menores transportando consigo muito mais energia. Na realidade ele é um cristal que vai potenciar a tua energia por todo o espectro que absorve e não pela cor visível que reflete.
Esta correspondência entre o que é reflectido e absorvido é extremamente vasta e foi através desta referência lógica que eu próprio comecei a questionar o sistema conhecido de raios cósmicos, divinos ou Cristicos, não retirando o seu sentido ou importância. Aquilo que me questionei foi sempre de onde veio esta escala sequencial que me transporta imediatamente para uma sensação de “este é mais elevado que o outro, e por isso melhor, mais perto da fonte“, naquilo que é a minha vivência deste tipo de energia todos estes raios funcionam numa grande união, não existem separadamente, e correlacionam-se de formas muito especiais.
Em cima poderás observar aquilo a que chamei Prisma Celeste de Cor, nele estão representadas interações e relações entre os vários comprimentos de onda ou raios cósmicos.
Comecemos pela estrutura base, nele poderás analisar 3 grandes estruturas que apesar de estarem representadas num suporte 2D acontecem na realidade em 3D (ou até 4D). O primeiro triângulo central é o Triângulo primário, ele contém em si as 3 cores primárias que não são obtidas na natureza por meio de mistura mas sim dos pigmentos puros. Estas 3 cores trazem consigo a energia da Santíssima Trindade, espelhando corpo, mente e espírito, ou se quisermos, a força anímica , o amor incondicional e a consciência divina. Estas são as forças primordiais que dão forma ao nosso mundo e à nossa vida. Neste primeiro triângulo também podemos criar a relação física da representação das 3 grandes forças, força gravitacional, força eletromagnética, força nuclear. No Triângulo secundário temos os raios/cores que são um produtos dos primários, sendo que estes podem surgir em muito mais tons do que aquilo que está representado de forma esquemática na imagem em cima. Neste triângulo temos as nuances e a permeabilidade das cores, representando a transformação física, a sanação e a transmutação entre dimensões e planos, todos os aspectos de cruzamento e passagem dos planos da tríade inicial. Envolvendo estas formas teremos então o Prisma etérico, o conjunto que vai trazer o brilho, a luz ou a sombra. Este conjunto não representa cores mas sim a escala de luminosidade e intensidade, operando sempre em conjunto com as restantes cores/raios. A luminosidade da cor é um factor muito importante pois quanto mais clara é mais estará a reflectir, da mesma forma que quanto mais escura é mais estará a absorver outras cores. Para finalizar temos o ponto central, a onda iridescente que na realidade não é um comprimento de onda em concreto mas sim a representação singular da conjunção de todos os raios. Ele é o todo e por isso ele não existe na realidade no centro deste prisma mas ele é o próprio prisma.
Explorando agora de forma mais individual cada cor, raio ou comprimento de onda.
Triângulo primário
Azul, o ponto alto deste triângulo é a cor predominante no nosso meio ambiente, reflectida nos mares e no céu, representando esta quase omnipresença que desenha a linha do horizonte. É uma cor que nos ajuda a absorver ou integrar a nossa acção e emoção, cria uma consciência ampla. As várias luminosidades possíveis podem trazem a sensação de grande conhecimento ou profunda ansiedade e incompreensão.
Magenta, o raio que absorve mais energia activa à sua volta, ligada à emoção aos sentimentos e ao amor. Este raio faz com que nos liguemos às pessoas e situações através das emoções. Ele pode surgir de forma luminosa, mais rosado, integrando o amor incondicional por aquilo que é visível e invisível, ou pode surgir mais escuro quando as emoções não são fluídas criando repressão e até raiva.
Amarelo, o raio que nos liga ao plano físico, ao sol que aquece a pele e faz florescer as plantas. É um raio que nos faz recordar os processos físicos assim como as necessidades do corpo, o movimento e a ligação à terra. De forma luminosa ele transporta consigo a confiança e o auto-conhecimento físico, mas se for mais carregado começa a ser um alerta para a falta de confiança, medos, indecisões.
Triângulo secundário
Violeta, a mistura do azul e do magenta, transporta consigo o plano da mente e do coração, transformando emoções e consciências, abrindo espaço no nosso coração para que nenhuma memória nos bloqueie o pensamento ou os sentimentos. Permite que vivamos experiências transpessoais.
Verde, a sanação que se dá quando o físico (amarelo) se mistura com o mundo divino (azul). Esta cor mistura aquilo que é visível com o invisível, unindo e trazendo clareza ao processo. Transforma qualquer vibração mais lenta num processo mais fluído e natural, desbloqueando e dissipando comprimentos de onda mais longos.
Laranja, a transformação do meio e do mundo através da paixão e da consciência da matéria. Misturando a paixão magenta com a consciência material do amarelo abrimos espaço à transformação do meio físico à nossa volta. Damos força à criatividade e à experiência terrena plena de sensações.
Prisma etérico
Branco, a sua luminosidade faz com que não absorva praticamente nenhum comprimento de onda, reflectindo tudo à sua volta. É sem dúvida uma boa vibração para reflectir a luz primordial, contactando a fonte. A precaução a ter é que o abuso desta vibração poderá privar o nosso ser de aprendizagens mais profundas e necessárias.
Preto, a absorção total dos vários raios. É uma boa forma de absorver os processos e integrar no nosso âmago as realidades que nos são externas. Ainda assim é necessário precaução para não absorver também o que não será para nós.
Dourado, é uma cor que deriva do amarelo, mas com mais brilho, um salto quântico no amarelo. Por isso entendo o dourado como a mais profundo casamento interno, entre o nosso ser primordial e o cosmos divino, o reconhecimento das nossa capacidades não só nesta dimensão como noutras, o acesso a um poder pessoal para lá do campo do que é visível.
Prateado, é um tom que para mim deriva do cinza (preto mais branco), mas numa dimensão superior, logo é a calibração profunda, é a liga orientadora interna e externa. Na luz prateada não à divisão de cor, é o verdadeiro ponto de equilíbrio da nossa consciência universal.
Apesar de especificar cada raio/cor relembro que (na minha experiência pessoal) todos funcionam em uníssono, nunca surgindo de forma isolada. Tudo o que está à tua volta é um equilíbrio de variados factores, e este tema também funciona dessa forma.
Vivemos um momento de profundas transformações sociais, políticas e climatéricas, e por mais que estas alterações não estejam a acontecer na nossa rua estamos cada vez mais ligados entre nós, na realidade de uma comunidade global.
Apesar desta união ser cada vez mais visível não serás tu, individualmente, que vais salvar o mundo. Seremos todos quando nos movermos como um só.
Para mim o meu impacto social não se mede em acções exclusivamente directas (de mim para ti), mas sim como reações sequenciais que se vão replicando sempre que praticamos algo bom, sempre que ajudamos, sempre que tornamos “a nossa rua” um lugar melhor.
Este mês tem sido intenso nesse sentido pois tenho recebido provas fortes desta acção/reação. É fantástico saber que quem tu estiveste a ajudar está neste momento a partilhar com outros essa ajuda, e desta forma a tua acção ultrapassa os limites “da tua rua” e irradia ao mundo, porque qualquer terapia que faças não deve ficar apenas nas 4 paredes do gabinete, e deve ser uma ferramenta e informação para o dia a dia.
Não tentes sempre salvar o mundo, em vez disso tenta começar por salvar a tua rua, a tua cidade, as pessoas que te rodeiam.
A energia propaga-se como uma onda que irradia a vibração do seu centro, da sua fonte. Que energia queres alimentar na tua fonte?
Vamos esquecer por momento a dimensão espiritual/energética que envolve a questão dos portais energéticos, e permite-te viajar até às imagens dos livros de ciências que tinhas há uns anos atrás. Neles podes ver aqueles maravilhosos “cortes” da crosta terrestre que te vão ajudar a imaginar que até a montanha mais firme tem correntes de lava que fluem na sua base, lençóis freáticos que correm no seu interior, sedimentos que se depositam no topo, para não falar na camada em constante transformação por todos os seres que a habitam.
Não será de estranhar por estes vários fenómenos que cada lugar tenha uma energia diferente, um magnetismo distinto. Por baixo dos nossos pés circulam livremente rios subterrâneos que transportam minerais e toda a purificação natural da água, estes lençóis freáticos provocam muitas alterações à paisagem na superfície pois trazem com eles os minerais que algumas espécies de plantas necessitam para se desenvolver, ou que não permitem que outras se desenvolvam tanto, moldando a flora local. Noutro ponto mais profundo, temos as correntes de lava que modelam e regeneram a própria crosta terrestre, no fogo constante da transmutação estas correntes não só são capazes de destruir como de criar novos cristais, empurrando-os à superfície para que transportem consigo a capacidade de inspirar e transformar a energia à nossa volta.
Estas variáveis são factores que geram sinais subtis que nos fazem dizer “sinto-me bem aqui” quando chegamos a uma nova paisagem nunca antes vista, e foram também factores importantes para a fixação de muitas populações ancestrais, tornando alguns locais ideais para a fixação das populações.
A nossa utilização da energia dos locais também os vai transformando ao longo dos tempos. Um local perfeitamente equilibrado se for sempre usado para despejar lixo, seja ele físico ou energético, acabará por se ir transformando. E esta transformação pode acontecer ao longo de séculos, marcando vínculos fortes com determinadas energias, ou pode ser algo mais subtil, acontecendo o longo de uma vida ou geração.
Os locais de culto, sagrados ou de transformação profunda ao nível energético, são fortes conjugações entre o mundo natural, etérico e os usos que tem tido ao longo dos anos. O magnetismo dos locais atrai não só o ser humano curioso e atento às energia à sua volta, como atrai também entidades de outras dimensões visto que nestes locais os planos ficam mais fáceis de aceder e cruzar, por sua vez é mais simples materializar neste plano informações provenientes de planos paralelos.
Existem locais onde se cruzam correntes energéticas fortes sem sofrerem alterações ao longo de milénios, tornando-os locais de profunda conexão, e pela sua força e constante fluidez foram escolhidos muitos deles para albergar muitos dos templos etéricos regidos pelos grandes mestres e arcanjos.
Como todos sabemos o planeta tem sofrido muitas mudanças climatéricas assim como energéticas, e estas correntes, portais e templos podem ser alterados ou até suprimidos pois tudo na vida é possível de transformar. Este factor abre porta a alguns eventos que a meu ver são muito importantes: As grandes fontes de energia e sabedoria estão a mudar à medida que os povos presentes na terra evoluem, alterando os portais geograficamente; Certos pontos importantes para a ancoragem de energias ancestrais estão a ser transformados e/ou desligados ao mesmo tempo que novas localizações estão a ser preparadas para emergir; tu só serás chamada/o aos locais que a tua alma necessita; aproveitando as correntes subtis que a natureza te fornece é possível ligares o teu ser a este pontos, em respeito e comunhão com a natureza.
Estas são algumas observações pessoais sobre este tema, muito mais poderá ser dito e considerado pois a malha energética da terra é complexa e muito dinâmica. Sente-te livre para comentar e acrescentar pontos a esta observação.
MahaShivratri é a noite de adoração a Shiva, que ocorre na 14ª noite de lua nova, durante a noite escura do mês de Phalguna (mês que calha entre Fevereiro e Março do calendário gregoriano). Cai numa noite sem lua de fevereiro, quando se oferece uma oração especial ao senhor da destruição.
O Shivaratri (“ratri” em sânscrito significa ‘noite’) é a noite quando o Shiva dança a Tandava a dança da Criação, preservação e destruição. O festival é observado durante um dia e uma noite repleto de oferendas, mantras e celebrações.
Este dia/noite também está associado ao momento em que Shiva terá absorvido o veneno criado por deuses e demónios para destruir todo o mundo, ficando com o veneno preso na garganta para não o engolir, salvando o mundo e ganhando a tonalidade de pele azul.
Acredita-se que qualquer um que profere o nome de Shiva durante Shivaratri com devoção pura é libertado de karma pesado que possa ter, abrindo caminho à transformação. Assim, alcançando a morada de Shiva e liberado do ciclo de nascimento e morte é possível renovar na totalidade a nossa energia.
A celebração caracteriza-se pela devoção do lingam adorando-o por toda noite. Lingam é o símbolo que representa Shiva, e é normalmente feito de granito, pedra sabão, quartzo, mármore ou metal, este objecto desprovido de grande detalhes é adorado como sendo símbolo essencial da energia masculina universal, e é por esse motivo que é visto durante as celebrações assente numa forma de “língua ou disco”, Yoni, que representa Shakti, a energia feminina e juntos a totalidade da expressão, criação e renovação.
Descrição completa de Lingam e Yoni.
Também são oferecidos os 5 alimentos de imortalidade: leite, manteiga clarificada, iogurte, mel e açúcar, que são colocados diante do lingam. A vigília durante a noite é mantida com o conto de histórias e canções, e é quebrada somente na manhã seguinte.
Como sabem não sou Hindu, e por isso não irei praticar uma vigília, mas a energia nos últimos dias tem estado a mudar, e neste próximo dia 4 de Março irei dar força a esta capacidade transformadora, vivendo a unidade masculina e feminina, a força impulsionadora e a receptividade na totalidade.
Encontra nestas palavras aquilo que a tua alma está a precisar e deixa-te levar para o teu ritual pessoal.
No passado dia 4 de Fevereiro, estivemos com a influência de uma lua nova em aquário e é cada vez mais natural que o “comum mortal” esteja a par destas mudanças e destes ciclos, estamos numa sociedade cada vez mais atenta. Não só há mais informação a circular, como noto que há uma maior abertura das pessoas a sentir as suas transformações pessoais, de forma muito individual.
Eu já fiz vários pequenos rituais nestas ocasiões (luas cheias ou novas), coisas simples para semear, nutrir, agradecer, ou libertar de situações e emoções, e só depois de algumas experiências é que fui entendendo aquilo que me faz sentido fazer e viver nestes dias em particular.
A mescla de informação que recebemos sobre os movimentos astrais, dias portal, e outras mensagens de momentos energeticamente mais intensos, são cada vez mais frequentes e é necessário que cada um de nós sinta aquilo que realmente precisa e que faz sentido. Ontem a lua nova foi em aquário com o Sol e Mercúrio também em aquário, e a título pessoal, foi uma lua de cuidado interno e reforço de confiança pois têm acontecido muitas alterações à nossa volta e é importante validar estes processos internamente. Existem temas que achamos que já estão tratados mas falta aquela certeza profunda de que está mesmo fechado, nesse sentido a lua nova é um bom momento para confirmar tudo isso, reforçando a confiança nos próximos passos a dar!
Encontra a paz contigo. A cada lua nova a noite fica mais sombria, e sem uma luz guia no céu é necessário ver através de todos os outros sentidos, fechar os olhos e deixa-te ser guiado apenas pelas centelha que brilha dentro de ti. Cuida da tua energia, mima o teu corpo, respeita as tuas alterações. Se fizer sentido para ti acende uma vela ou um incenso, toma um banho demorado, toma um chá diferente, algo que mime o teu espaço, o teu ser e o teu corpo, sem grande rituais mas com aquilo que a tua alma pede e precisa.
Quero começar este texto com uma nota sobre as referências que cada um de nós vai “bebendo” ao longo da vida.
É perfeitamente natural pesquisarmos os mais variados temas em diversos autores, pontos de vista ou tentar ir o mais próximo possível da “fonte” de informação. Após a recolha e tratamento de toda a informação que pesquisamos a questão seguinte é: que atitude tomar após a clivagem da matéria que recolheste?! Não se trata de suprimir a informação anterior e substituir por uma nova informação, mas sim mesclar ambas, tornando a mente mais plástica a entender algo que poderá ter múltiplas versões de si mesmo.
Criei esta pequena introdução porque vejo muitas pessoas (e vou revendo partes de mim nelas) a seguir linhas dispares de pensamento e credo como se fossem marés. Não é algo terrível, mas é algo que pode gerar uma falta de auto-questionamento, procurando sempre uma resposta alternativa quando a primeira não serviu bem o nosso propósito inicial.
Isto para vos falar um pouco sobre o Ano novo Chinês que será celebrado muito em breve. No próximo dia 5 de Fevereiro, ou de 4 para 5 para ser mais específico, entraremos no ano do Porco, regido pelo elemento Terra. O horóscopo chinês é algo que sempre me prendeu a atenção, contudo não é algo que siga com a maior das insistências. A mudança de ciclo, a passagem do ano, a renovação dos nossos votos e metas, acontece porque há algo dentro de nós que precisa desse movimento, os astros ou as energias à nossa volta apenas podem ajudar a empurrar a nossa vontade de forma mais rápida ou mais demorada. O que é facto é que apesar de não saber muito sobre o horóscopo chinês, nunca senti a passagem de ano acontecer profundamente de Dezembro para Janeiro, sempre senti mais tarde, mais perto das datas efectivas do calendário chinês. Foi sempre algo que o meu corpo pedia.
Segue os ciclos naturais que mexem com a tua pele e as tuas entranha, não os que vêm descritos nos livros e calendários. É um ciclo lunar, solar, maia ou chinês? não interessa a etiqueta com que surge, interessa sim que o teu corpo vibre com essa mudança e se integre na sua verdade.
Como a minha instrutora de pilates diz “tens que fazer o movimento na mesma cadência com que respiras”, e por isso deverás honrar o teu corpo e a tua transformação pessoal conforme a tua própria respiração, com a tua vibração única.
Ainda assim, falando um pouco sobre a energia do ano do Porco, que dizem ser um ano muito positivo para a confiança financeira por exemplo. Com o bom e o mau que essa confiança tem, pois se por um lado a confiança financeira nos faz arriscar mais em projectos que poderiam noutra fase estar apenas em análise, também nos dá oportunidade de enfrentar uma confiança desmedida ou infundada sobre as nossas reais capacidades. Já nos relacionamentos é o últimos dos signos e por isso é aquele que garante a maturidade emocional, fechando aquilo que realmente não deve ser repetido e avançando para voos mais altos, mais certeiros, mais autênticos.
Mas escolhe ignorar tudo isto tudo se quiseres, e permite que o teu corpo diga aquilo que precisas rever, onde precisas arriscar, ou o que precisas atrair para ti agora.