Há algum tempo atrás comecei a escrever e a estudar mais coisas sobre a cor, as suas possibilidade de expressão na natureza e a energia que transportam consigo.

Nesta publicação sobre a cor, eu já descrevia alguns dos processos físicos que envolvem a visualização e absorção das cores. Mas senti que devia falar um pouco mais, de forma mais clara e com maior detalhe.


As cores que vemos (e as que não são visíveis para nós humanos) são variações de comprimentos de onda. Como poderás ver mais em baixo no gráfico, o maior comprimento de onda dá origem às cores mais quentes, assim como o menor comprimento de onda dá origem às cores mais frias. Para lá do espectro visível existem ainda mais ondas como os infravermelhos (com uma energia inferior ao vermelho visível) ou os ultra-violetas (com uma energia superior ao violeta visível).

Se o teu olhar capta uma cor, vamos imaginar o amarelo, significa que o objecto observado está a absorver todos os restantes comprimentos de onda, reflectindo apenas as ondas correspondentes ao amarelo. Este aspecto cria uma interessante análise sobre a lei hermética da correspondência, “o que está em cima é como o que está em baixo. O que está dentro é como o que está fora”, pois cada cor visível tem em si mesma todas as que não estão visíveis aos nossos olhos. Esta é a alquimia da cor, a transformação do espectro total de luz em algo que absorvo internamente e em algo que espelho ao universo.

Imagina agora um cristal vermelho ou laranja, associados normalmente a um aumento de força vital pelo “fogo que transportam consigo”, esse cristal na realidade está a emitir um comprimento de onda com muito pouca energia, mas está a absorver tons de verde, azul e violeta que são um conjunto de comprimentos de onda muito menores transportando consigo muito mais energia. Na realidade ele é um cristal que vai potenciar a tua energia por todo o espectro que absorve e não pela cor visível que reflete.

Esta correspondência entre o que é reflectido e absorvido é extremamente vasta e foi através desta referência lógica que eu próprio comecei a questionar o sistema conhecido de raios cósmicos, divinos ou Cristicos, não retirando o seu sentido ou importância. Aquilo que me questionei foi sempre de onde veio esta escala sequencial que me transporta imediatamente para uma sensação de “este é mais elevado que o outro, e por isso melhor, mais perto da fonte“, naquilo que é a minha vivência deste tipo de energia todos estes raios funcionam numa grande união, não existem separadamente, e correlacionam-se de formas muito especiais.

Prisma Celeste de Cor ©todos os direitos reservados – Atlas do Ser®

Em cima poderás observar aquilo a que chamei Prisma Celeste de Cor, nele estão representadas interações e relações entre os vários comprimentos de onda ou raios cósmicos.

Comecemos pela estrutura base, nele poderás analisar 3 grandes estruturas que apesar de estarem representadas num suporte 2D acontecem na realidade em 3D (ou até 4D). O primeiro triângulo central é o Triângulo primário, ele contém em si as 3 cores primárias que não são obtidas na natureza por meio de mistura mas sim dos pigmentos puros. Estas 3 cores trazem consigo a energia da Santíssima Trindade, espelhando corpo, mente e espírito, ou se quisermos, a força anímica , o amor incondicional e a consciência divina. Estas são as forças primordiais que dão forma ao nosso mundo e à nossa vida. Neste primeiro triângulo também podemos criar a relação física da representação das 3 grandes forças, força gravitacional, força eletromagnética, força nuclear. No Triângulo secundário temos os raios/cores que são um produtos dos primários, sendo que estes podem surgir em muito mais tons do que aquilo que está representado de forma esquemática na imagem em cima. Neste triângulo temos as nuances e a permeabilidade das cores, representando a transformação física, a sanação e a transmutação entre dimensões e planos, todos os aspectos de cruzamento e passagem dos planos da tríade inicial. Envolvendo estas formas teremos então o Prisma etérico, o conjunto que vai trazer o brilho, a luz ou a sombra. Este conjunto não representa cores mas sim a escala de luminosidade e intensidade, operando sempre em conjunto com as restantes cores/raios. A luminosidade da cor é um factor muito importante pois quanto mais clara é mais estará a reflectir, da mesma forma que quanto mais escura é mais estará a absorver outras cores. Para finalizar temos o ponto central, a onda iridescente que na realidade não é um comprimento de onda em concreto mas sim a representação singular da conjunção de todos os raios. Ele é o todo e por isso ele não existe na realidade no centro deste prisma mas ele é o próprio prisma.

Explorando agora de forma mais individual cada cor, raio ou comprimento de onda.

Triângulo primário

Azul, o ponto alto deste triângulo é a cor predominante no nosso meio ambiente, reflectida nos mares e no céu, representando esta quase omnipresença que desenha a linha do horizonte. É uma cor que nos ajuda a absorver ou integrar a nossa acção e emoção, cria uma consciência ampla. As várias luminosidades possíveis podem trazem a sensação de grande conhecimento ou profunda ansiedade e incompreensão.

Magenta, o raio que absorve mais energia activa à sua volta, ligada à emoção aos sentimentos e ao amor. Este raio faz com que nos liguemos às pessoas e situações através das emoções. Ele pode surgir de forma luminosa, mais rosado, integrando o amor incondicional por aquilo que é visível e invisível, ou pode surgir mais escuro quando as emoções não são fluídas criando repressão e até raiva.

Amarelo, o raio que nos liga ao plano físico, ao sol que aquece a pele e faz florescer as plantas. É um raio que nos faz recordar os processos físicos assim como as necessidades do corpo, o movimento e a ligação à terra. De forma luminosa ele transporta consigo a confiança e o auto-conhecimento físico, mas se for mais carregado começa a ser um alerta para a falta de confiança, medos, indecisões.

Triângulo secundário

Violeta, a mistura do azul e do magenta, transporta consigo o plano da mente e do coração, transformando emoções e consciências, abrindo espaço no nosso coração para que nenhuma memória nos bloqueie o pensamento ou os sentimentos. Permite que vivamos experiências transpessoais.

Verde, a sanação que se dá quando o físico (amarelo) se mistura com o mundo divino (azul). Esta cor mistura aquilo que é visível com o invisível, unindo e trazendo clareza ao processo. Transforma qualquer vibração mais lenta num processo mais fluído e natural, desbloqueando e dissipando comprimentos de onda mais longos.

Laranja, a transformação do meio e do mundo através da paixão e da consciência da matéria. Misturando a paixão magenta com a consciência material do amarelo abrimos espaço à transformação do meio físico à nossa volta. Damos força à criatividade e à experiência terrena plena de sensações.

Prisma etérico

Branco, a sua luminosidade faz com que não absorva praticamente nenhum comprimento de onda, reflectindo tudo à sua volta. É sem dúvida uma boa vibração para reflectir a luz primordial, contactando a fonte. A precaução a ter é que o abuso desta vibração poderá privar o nosso ser de aprendizagens mais profundas e necessárias.

Preto, a absorção total dos vários raios. É uma boa forma de absorver os processos e integrar no nosso âmago as realidades que nos são externas. Ainda assim é necessário precaução para não absorver também o que não será para nós.

Dourado, é uma cor que deriva do amarelo, mas com mais brilho, um salto quântico no amarelo. Por isso entendo o dourado como a mais profundo casamento interno, entre o nosso ser primordial e o cosmos divino, o reconhecimento das nossa capacidades não só nesta dimensão como noutras, o acesso a um poder pessoal para lá do campo do que é visível.

Prateado, é um tom que para mim deriva do cinza (preto mais branco), mas numa dimensão superior, logo é a calibração profunda, é a liga orientadora interna e externa. Na luz prateada não à divisão de cor, é o verdadeiro ponto de equilíbrio da nossa consciência universal.

Apesar de especificar cada raio/cor relembro que (na minha experiência pessoal) todos funcionam em uníssono, nunca surgindo de forma isolada. Tudo o que está à tua volta é um equilíbrio de variados factores, e este tema também funciona dessa forma.