O que faço quando não-faço?

O que faço quando não-faço?

Nunca ninguém me explicou o que estamos a fazer quando “não estamos a fazer”. O mundo vibrou sempre ao meu redor de forma a reforçar que “parar é morrer” e que é preciso continuar a criar, a trabalhar, a viver em esforço para sobreviver. A culpa não é do mundo, fui eu que atraí para mim este padrão e permiti que ele vibrasse aqui dentro.

Sabia que quando havia sangue e suor havia lucro e louros! Mas nunca soube reconhecer as virtudes de parar, sem morrer.

Durante muitos anos o tarot ou a astrologia dizia-me ao ouvido “precisas abrandar, aprender a serenar”, mas era complicado compreender os benefícios. Treinei a meditação e as práticas de viver mais o presente, mas durante um tempo foram apenas a desculpa de que já estaria alinhado, sem realmente entender o que estava a acontecer dentro de mim.

Conto esta breve história porque acredito que não estou sozinho nesta descoberta, a sociedade ainda continua a premiar os que derramam sangue e suor pelas causas, sem explicar que há muito a ganhar quando paramos. Quando foi a última vez que paraste para apenas existir?

Ainda hoje, mesmo com uma consciência diferente de mim, compreendo que quando estou calmo e relaxado tenho a tendência para pensar no trabalho, é um escape que sabe bem, uma falsa segurança de não estar a desperdiçar tempo. Com o passar dos anos descobri que ganhamos tempo quando perdemos tempo a olhar para algo. Quem disse que “perco tempo” quando descanso? Ganho tanto em descansar! Mas é um ganho subtil, a longo prazo, menos fácil de mensurar na prática e por isso torna-se um ganho mais abstrato. Todos sabemos que o abstrato poucas vezes ganhou a batalha contra o concreto.

Precisamos de reaprender a parar. No tempo “perdido” é onde podemos encontrar o sentido das nossas pontas soltas. Precisamos desse silêncio para trazer consciência à rapidez do quotidiano. Só quando paramos é que é possível dar um passo atrás dos desafios e repensar soluções. A audácia não é ganha no impulso e na rapidez, a audácia ganha-se na segurança interna que permite uma velocidade controlada e estável no futuro.

Nada disto é algo que se ensine de forma fácil, pois temos muitos anos e gerações de rapidez e produtividade sobre nós. Mas é possível reverter esta situação e começar a gerar um pensamento diferente. Aos poucos, temos sido empurrados a viver e experimentar esta forma de estar, seja por existirem mais pessoas que servem como referência, pandemias que nos colocam limites ou ainda o facto de existir um crescendo de terapeutas e terapias no nosso dia-a-dia. Estamos a ser empurrados a silenciar e acalmar.

Quando falamos em meditação e em viver o presente, ainda falamos como sendo algo pontual no meio de um dia corrido. Na realidade é o dia corrido que devia absorver mais uma postura calma, a um ritmo natural e individual, assim como uma rotina de bem-estar em vez de uma rotina de esforço.

Permite-te parar e sentir apenas. Permite que o momento de bem-estar seja valorizado e não seja apenas uma forma de escapismo.

Respira apenas, descansa apenas, existe apenas.

02/02/22 momento portal 22/02/22

02/02/22 momento portal 22/02/22

Quem me segue conhece que sou uma pessoa que se rege por intuição e sobretudo pelos ciclos lunares e solares, porque acredito que se o calendário gregoriano está desajustado dos ciclos naturais, por sua vez, os momentos portal também estão com algum tipo de desfasamento. Ainda assim, partilho convosco esta minha sensibilidade face a estes próximos dias, por acreditar que realmente existe um movimento global e sincronizado.

Um empurrão

Existem movimentos nos céus e na malha energética global que nos estão a empurrar a uma resolução e uma maior abertura de alma. Seguindo esta sequência é possível compreender melhor a energia destes dois portais, dia 02 de fevereiro e dia 22 de fevereiro, assim como o período de ajuste e calibração que existirá entre eles.

Mas podem perguntar, “André, se não te guias pela data gregoriana, porquê dar importância a estes dias?

É um facto que existe este certo desfasamento, mas os números vibram no nosso dia-a-dia e criam ecos, quanto mais pessoas firmarem estes números maior eco vão criar ao seu redor. Assim vai sendo gerado um portal real através do reforço da intenção individual e global sobre as datas. É quase como dizer que a energia está presente na escrita e na vocalização, sendo que sempre que reformamos esta vibração vamos todos abrindo espaço a amplificar este eco. Quantas pessoas hoje em dia já procuram, pesquisam e partilham este tipo de portais e momentos de maior conexão? Está cada vez mais presente na nossa vida.

Mas voltando à energia 2!

O 2 é uma energia de ligação ao próximo, de emoção, uma energia que cria pontes, normalmente muito associada ao amor mas vai muito além da união amorosa. O 2 aproxima a nossa existência da existência do próximo e por isso vamos ter um período de aproximação de pessoas chave na nossa vida! É importante reforçar que este eco pode e deve ser utilizado para resolver questões kármicas ou simplesmente situações antigas pendentes pois a proximidade e empatia são vibrar de forma mais intensa. Caso sintas que tens assuntos pendentes este poderá ser o momento ideal para os resolver!

Estas pontes criadas em amor e empatia vão abrir possibilidades infinitas para a tua expansão pessoal e desenvolvimento através da relação. Relembra-te que o teu objetivo, os teus projetos, a tua sabedoria torna-se prática e concretizada quando é possível de passar para o próximo, usada em benefício de todos os que podem aproveitar este conhecimento único. Este momento não só vai validar as tuas ferramentas internas como vai abrir portas para que este conhecimento passe à partilha e à ação com os outros.

Falamos também de um momento de fé.

Já falei de abertura emocional, relacionar e até prática, mas também é necessário relembrar que o trabalho empático criado pela vibração 2 tem uma grande nota de rodapé que fala sobre intuição e fé. É o primeiro número que se liga à outra pessoa com quem partilhamos um momento presente, abrindo as portas do coração e da intuição para com quem nos rodeia. Não será demais reparar como é que a nossa intuição vai pulsar nos próximos dias, ela vai falar bastante connosco e poderá ser uma chave importante nas tomadas de decisão.

Também será um momento de fé. Falamos de amor, abertura e relação e tudo isto vais levarmos a movimentos de fé. Poderá ser fé numa pessoa, num projeto, na nossa cidade ou no planeta! Vale tudo. Principalmente não te esqueças que ter fé em algo externo abre o trabalho de fé interna. Para confiar e entregarmos o nosso coração, vamos primeiro trabalhar a nossa confiança e fé pessoais.

Trabalhos de casa!

Liga-te à tua essência. Este é o momento de escutares a tua intuição sobre ti, o teu caminho e sobre as pontes que estás ou poderás vir a criar. Este é o momento de agir com base na fé e na confiança de quem te rodeia. Caso estejas a sentir a necessidade de mudar algo na tua vida, ouve o teu coração, ele vai orientar o teu caminho. Caso estejas confortável onde estás, compreende como podes estar ainda mais ligado à tua malha de pessoas importantes, abre espaço a essa reflexão. Ativa conscientemente os teus dons e ferramentas inatos, a tua sabedoria interna.

Vive e sente estes próximos dias da forma mais natural para ti, não te forces a algo que não é a tua essência e sorri! Sorri muito! 🙂

Portal 2/2/22 22/2/22
Previsão para Novembro 2021

Previsão para Novembro 2021

Como foi o vosso Outubro? A previsão do mês passado permitia o mergulho no nosso valor pessoal e este mês de Novembro vamos estabilizar melhor esse mergulho emocional. Vivemos um momento de questionamento mas agora está na altura de encontrar o caminho do meio. Ainda não será um momento de grande ação mas sim de afinação do propósito, ainda precisamos de mais estabilidade emocional para a mudança que ai vem. Preparad@s?

Tema geral do mês

4 de Copas – equilíbrio emocional vai ser a derradeira chave do mês. Sentes que estás num ambiente que não te permite estar estável? Liberta-te disso. Não podes mudar o ambiente onde estás? Então encontra os métodos para garantir a tua estabilidade. Este mês a nossa estabilidade interna será desafiada mas teremos tod@s oportunidade de encontrar o nosso próprio equilíbrio. Novembro será um bom mês para fazer retiros, detox, recomeçar atividade física ou simplesmente garantir mais tempo livre na tua agenda. O mais importante será garantir o teu bem estar, mesmo que o mundo à tua volta possa estar em total transformação.

Maior desafio

Rei de espadas – o trabalho emocional tem normalmente a mente como inimigo, é quase um clássico, mas aqui estamos realmente a transformar os nossos padrões mentais, os preconceitos sobre nós próprios. Muitas das mudanças de Novembro não vão ser só “vou tirar mais tempo para mim”, podem significar profundas mudanças de pensamento, sobre aquilo que pensavas que seria “ideal” para ti. Cuidado também com a conversa e o desabafo pois estes processos podem ser confusos enquanto acontecem e nem sempre conseguimos expressar corretamente os mesmo.

Chaves do mês

Rainha de paus – a maior força deste mês vem do nosso fogo interior. O que te faz vibrar e ferver por dentro, positivamente? Esta é uma rainha teimosa, cheia de certezas e força interna para afirmar as suas intenções. É por isso que a chave para superar o mês será a tua perseverança, com uma certa dose de teimosia. Por mais que o mês não te dê todas as respostas ou resultados práticos, não percas a certeza de quê estás no caminho certo. Pode ser também um bom mês para redesenhar o plano orientador ou preparar ideias para lançar no final deste ano, princípio do próximo.

Uma ótima navegação a todos vocês e até breve!

Previsões de novembro 2021
Evolução do mundo holístico

Evolução do mundo holístico

Escrevo num momento em que temos imensos planetas retrógrados, para além do nosso querido mercúrio, e talvez por isso esteja num ponto pessoal de maior questionamento. Estes momentos são bons para refletir o que temos feito, quais têm sido os benefícios das nossas escolhas e em que direção queremos continuar a semear as nossas sementes.

Conforme vou aprendendo mais técnicas e vou ganhando cada vez mais experiência no terreno, vou acreditando cada vez mais numa abertura daquilo a que chamamos o “mundo quotidiano” para o “mundo holístico”. Estas mudanças demoram anos, às vezes décadas ou mesmo séculos, mas senti que deveria escrever o que sinto como forma de afirmar ao universo e a mim mesmo a minha visão e a minha vontade.

Tenho-me cruzado com muitas pessoas no meu caminho que chegam de uma geração anterior, uma geração onde o acesso às ferramentas era limitado, oculto e mesmo codificado. Para os dias de hoje seria impensável queimar apontamentos após uma formação de reiki! Mas é verdade que isto já aconteceu e não foi assim há tantos anos como imaginam. Estavam a ser formadas as pessoas que foram desbravando o caminho para hoje ser possível existirem lojas e espaços de terapias que nascem quase como cogumelos. Houve durante muito tempo uma evolução paralela e repleta de secretismo. Hoje vivemos uma realidade cada vez mais mista, onde até quem nunca teve uma aula sequer de astrologia sabe alguma coisa sobre mercúrio retrógrado, por exemplo, e para mim este caminho mesclado de experiência e modos de ver o mundo será o caminho mais comum em breve.

Qual é o futuro do universo holístico para mim?

Acredito que vamos estar a caminhar para um mundo mais unificado, onde o universo corporativo pode ter espaço para a sensibilidade, onde o quotidiano respeita a energia pessoal e a evolução espiritual que cada um está a fazer. Mas onde poderá isto ser traduzido? Para mim traduz-se em misturar mundos, deixando de fazer sentido dizer que algo é “esotérico” ou “holístico” porque simplesmente fará parte do dia-a-dia. Imagem só diretores de Recursos Humanos a ler mapas astrais para ter equipas que se completam nas suas várias valências!

Esta mudança ainda vai levar o seu tempo, mas vou sentindo cada vez mais esta necessidade de unificação. A título muito pessoal, até vos digo que já tive várias/os chefes a questionarem-me sobre mapas astrais ou outro tipo de informação “esotérica” sobre novas contratações. Poderá ter sido a título de curiosidade ou simplesmente “por piada”, mas o que é certo é que estes são temas cada vez mais comuns na nossa linguagem.

Somos Um. Onde quer que estejamos

Outro tema que temos vindo a partilhar todos, com especial reforço (forçado) durante o ano de 2020 é o tema das nossas ligação não-físicas. Fomos forçados por motivos pandémicos a ficar em casa, ao mesmo tempo que as plataformas digitais e redes sociais estão no auge da sua utilização. Isto vem dar oportunidade a que se criem ligações para lá das fronteiras habituais, entendendo que a nossa “tribo” não vive toda connosco, no nosso bairro, mas passou a viver ao redor do globo. As nossas comunicações vivem momentos estranhos com inovações mas também muito controlo por parte dos prestadores do serviço, e isto surgem para reafirmar que há trabalhos globais que podem acontecer de forma síncrona, mesmo que oceanos e continentes entre todos nós.

Em resumo, eu penso que a integração será mais uníssona e global. Os processos vão estar todos eles mais às claras e será tudo mais falado e exposto. Da minha parte eu sei que vou relacionar cada vez mais as minhas ferramentas de forma a proporcionar uma orientação mais mista e mais polivalente, em consonância com aquilo que cada um precisa.

Até lá, permite-te quebrar as barreiras e os preconceitos. Sai dos armários onde estejas escondida/o. E sorri à nova realidade 🙂

Curar a energia de culpa

Curar a energia de culpa

Decidi começar a trabalhar alguns textos sobre processos que surgem em terapia. Mesmo que de forma anónima, estes são processos que surgem repetidamente e muitas vezes estamos isolados, a viver a sua cura a pensar que estamos sozinhos. Quando ouvimos, neste caso lemos, processos semelhantes, acabamos por suavizar a questão pois é possível analisar diferentes abordagem.

A culpa não nasce sozinha.

Os processos de culpa podem ser mais ou menos complexos que existe sempre um “subtítulo”. Culpa de fazer sempre mal, culpa de nunca fazer nada, culpa de não ser útil, culpa de tentar ser sempre demasiado útil aos outros e não ser para si. A lista pode ser vasta e é necessário mergulhar mais fundo no processo de culpabilização.

Grande parte das vezes os pacientes chegam com uma promessa pessoal realizada. Quantas vezes prometemos a nós mesmos algo? Que serei o melhor ou que farei mais por alguém. Mas regra “quase geral” estas promessas são realizadas em momentos de maior tensão ou conflito. Prometer algo num momento tão complicado, terá sempre associado uma energia de escassez. Assim, conseguimos já chegar à conclusão que, habitualmente, a culpa vem de um lugar de escassez e falta, motivando um movimento excessivo de compensação de algo.

Eu acredito que há sempre coisas positivas nos movimentos conotados como “negativos”, consigo entender facilmente, que a culpa de ser útil à sociedade, pode levar-me a ter uma exigência desmedida em realizar trabalho social. Este trabalho social pode ser altamente benéfico para o mundo e para uma série de pessoas, mas o problema dos processos de escassez é que são como um buraco negro, que quando não é sanado nos suga constantemente. Quantas vezes eu prometo a mim mesmo “ser o maior apoio para a minha família” e vou criando ciclos cada vez mais complexos de exigência, esgotando-me e anulando-me para atingir uma meta que teima em fugir de mim.

E valorização, podemos falar nela em processos de culpa?

Pois é, o valor pessoal ou o valor associado ao que realizamos anda de mão dada com a culpa. Se eu não conseguir valorizar as minhas próprias ações, sem validação externa, posso iniciar um processo de culpabilização. Esta é uma das chaves para quebrar o ciclo de culpa, aceitando que dou sempre o meu melhor e que a mais não sou obrigado. Muitas vezes, a culpa chega em relação aos outros, que podem ser pessoas conhecida ou simplesmente dirigido à sociedade/comunidade em que vivemos, porque nasce no colo da escassez de valorização pessoal e por isso é necessário compensar, fazer mais para os outros ou pelos outros.

Como vivemos sem culpa?

Viver sem culpa não é simplesmente virar as costas aos assuntos ou pessoas. Viver sem culpa é olhar o ponto onde começou, observar a origem e sanar dizendo o real valor que tens! Temos, dentro de nós, a capacidade de perdoar o passado e abençoar o futuro. É tão importante sabermos dizer que demos o nosso melhor naquele momento passado, sem guardar medos ou rancores.

Liberta a exigência criada e policiada por ti, para que o momento presente seja vivido apenas por aquilo que está a fluir.

Da mesma forma como podemos ser castradores, podemos também tornar as nossas ações mais livres em si mesmas. Aceita que as tuas ações têm o valor ideal no momento ideal, sem “mas” ou planos B. O perdão, a confiança e a valorização são pontos chave que poderás trabalhar para dissipar este processo de culpa.

Viver pode ser uma passagem tão simples e bonita.