Jornada Numerológica

Jornada Numerológica

Existem vários estudos numerológicos que te podem dar várias indicações úteis, para a interpretação de esquemas numéricos, como a data de nascimento, as horas dos acontecimentos ou nomes. Muitos dos baralhos de Tarot ou Oráculos têm como base uma análise numerológica, e decifrar esta estrutura base vai ajudar-te a entender melhor outras ferramentas.

Ao longo da minha aprendizagem, entendi que grande parte deste conhecimento está armazenado na nossa memória colectiva inconsciente, só precisamos de alguns “gatilhos” para a activar. Esta é a minha forma de expor algumas linhas indicadoras daquilo que é o meu método base. Sendo que isto é apenas um pequeno resumo, as deduções mais profundas ficam para cada um fazer, conforme as sua próprias situações e vivências. Sendo que é bom questionarem os próprios métodos e acrescentarem mais camadas a este tipo de informação e esquema.

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Vamos começar por dividir desde já os números pelo seu elemento base, que intuitivamente qualquer um consegue indicar características:

Fogo (1,9), o movimento, o elemento que representa vibrações muito dinâmicas, que precisas de ver tudo mexer à sua volta. Também são os números que nos vêm falar de novos caminhos, e nos aproximam com o princípio e o fim das nossas jornadas internas.

Água (2,6), o sentimento, o elemento que liga as almas, que se emociona, que cuida de si e dos outros. Naturalmente mais apaziguador que o anterior fogo, este vem para sanar e tranquilizar. É por excelência a vibração do amor e da comunhão.

Ar (3,7), a consciência, o elemento do intelecto, aquele que vem para comunicar a verdade universal. Neste elemento vamos encontrar tudo o que está ligado à expressão verbal, a criatividade e destreza mental. A vibração dos que questionam o mundo.

Terra (4,8), a estrutura, a base firme que nos suporta a vida. Um elemento de ciclos lentos e contemplativos, onde vamos sempre olhar para a nossa estrutura financeira ou profissional. O seu cunho à matéria garante que com estes números vamos sempre trabalhar questões de poder pessoal, autoridade e firmeza na nossa postura.

Éter (5), a diferenciação, aquele que rompe com todos os outros. O estado etérico é aquele que coloca um pé fora daquilo que assumimos ser a realidade sensorial. Abre os sentidos e vê para lá da matéria, entrando em choque. É um número de rotura e reconsideração. Uma busca que pode ser interna ou social.

Com estas notas já é possível entender um pouco melhor cada número, sendo que a sua sequência mostrará a evolução destes mesmo estados de alma.

Esta jornada começa no número 1, o nascimento, regido pela energia do elemento fogo, ele vem para criar. A vibração que abre caminho no meio da selva do dia-a-dia garantindo foco e determinação. Ele “acabou de nascer” por isso a sua intuição ainda está muito perto da Fonte, regendo todos os seus movimentos por impulsos intuitivos.

Logo após um número tão activo, temos o principio da união. Com o número 2 tudo abranda e começamos a contemplar os outros. A vibração por excelência do amor, da comunhão e da emoção. Ela garante uma vivência que se expande para lá do nosso ego e toca em compaixão quem nos está próximo. O momento de sentir o mundo à nossa volta.

Após ter experimentado viver para os nossos impulsos (na vibração 1) e ter parado para sentir (na vibração 2), o número 3 vem ensinar a ter uma maior consciência sobre a acção, onde impulso e emoção se unem para um equilíbrio consciente. Esta maior sensibilidade permite uma visão abrangente das situações e mais holística. Também desperta a criatividade nas soluções dos desafios da vida e procura uma comunicação e expressão daquilo que é claro e objectivo.

Já na vibração 4 começamos a nossa aproximação à terra, depois de nascer lá no topo do circulo, fomos descendo e agora estamos a experimentar a matéria. É uma vibração do plano físico, dos bens que nos rodeiam, da segurança e estabilidade financeira e a materialização daquilo que antes apenas pairava no plano mental.

Chegando ao número 5 é altura de analisar de forma crítica tudo. Símbolo de rotura e uma constante insatisfação com aquilo que é a normativo. Esta é uma vibração extremamente diferenciada pela singularidade por isso qualquer coisa criada para alimentar multidões será um choque para quem que vibra neste estado de alma. É o impulso que nos aproxima da nossa verdade interna.

Depois da tempestade, chega a bonança, com o número 6. A nova forma de sentir o mundo, é o número que nos leva a amar não só o próximo como o mundo inteiro, aceitando todas as suas diferenças. Expressão de cura e pacificação, sempre de forma natural e justa para com todos os envolvidos.

Chegando ao número 7, regressamos a uma vibração Ar, pegamos nesta bagagem toda e começamos a traçar planos mais objectivos para a busca da fonte. É uma vibração muito virada para a nossa autoanálise, sendo a vibração dos eternos pensadores e filósofos. O 7 garante pouca acção e muita dissertação, mas sempre que a acção acontece ela é direccionada e certeira, pois todo o conhecimento empírico já foi tão estudado, que já faz parte das nossas entranhas.

E chegamos ao último número que fala da matéria, antes de cruzar novamente a linha para plano astral. É a vibração 8, a vibração do poder pessoal por excelência, do controlo da matéria e também do seu fim. Nesta vibração tanto podemos estar a colher frutos de trabalho, como podemos estar a vivenciar todas as limitações que o plano material tem. É o último estado de alma para viver o plano material.

Finalmente o fogo etérico do 9, número de transcendência e elevação. Nesta vibração estamos a caminhar para a união final, com passos firmes regidos pela nossa intuição forte, somos encaminhados a abraçar o universo como um grande Todo. O desapego e a renuncia à matéria pode ser tema importante nesta vibração, assim como o fecho de todos os ciclos sociais e profissionais que já não fluem com aquilo que é a nossa verdade.

Tudo isto para encontrar de novo a unidade, e voltar a nascer no 1. No esquema foi representado o 10 como sendo a fonte, e poderia estar apenas o zero, ou até nem ter nada, mas sendo que nunca é tido em conta o vazio do zero, achei que seria mais perceptível o 10 como o regresso, o fim e o início. Agora caberá a cada um de nós escolher fluir entre este vários estados de alma, ou lutar contra eles.

 

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Até já.