A normatividade dos nossos medos

A normatividade dos nossos medos

Sou um ser humano “normal“, real e igual a todos vocês. Mas o nosso maior vínculo social, e praticamente global, é garantir que mostramos toda a nossa força e segurança aos outros! Temos sempre que ser fortes, aconteça o que acontecer.

Anos de conquistas, guerras e lutas, deixaram no nosso DNA um vínculo forte com a necessidade de estar sempre bem, sempre em controlo e sempre no poder. E no que resulta todo este processo?

Todos nós temos problemas e situações que nos bloqueiam. Tu que estás a ler, qual foi a última coisa que realmente mexeu contigo? E partilhas de forma pública quando acontece?

Tantas vezes este medo é algo pequeno é comum a tanta gente, mas acaba por ser alimentado na solidão e no silêncio, ganhando tamanho e afastando-nos do resto das pessoas, aumentando a distância entre o plano fisico e o nosso medo, fazendo-o crescer! É um ciclo que começa simples (como uma simples preocupação) e acaba por ser uma grande amarra na nossa vida.

Quando partilhamos acabamos por trazer à luz estas questões até aqui deixadas na sombra. Ganham corpo e muitas vezes descobrimos que são bem mais pequenas que aparentavam.

As técnicas e formas como cada um expressa o que tem dentro são muitas, e muito pessoais. Temos que garantir espaço e tempo para experimentar e avaliar como é mais confortável. Só assim conseguimos olhar para elas de uma forma diferente, iniciando o processo de dissolução destes aspectos que estão na nossa sombra.

Tantas vezes um abraço sentido vale mais que mil palavras.

Tantas vezes um olhar emocionado desbloqueia um mar de sentimentos.

Permite-te viver os teus medos e trabalha com eles de forma consciente! Eles são parte de ti, como são parte de todos nos.