Sentir através da cor

Sentir através da cor

As cores estão no nosso dia-a-dia um pouco por todo o lado. Desde cedo que os pigmentos naturais fazem parte da criação do ser humano, tanto no vestuário como em todos os seus objectos. Após a revolução industrial, sugiram novas formas de produzir em massa, assim como novos pigmentos e formas de os tronar rentáveis. É neste cenário que os primeiros estudos sobre o efeito das cores no ser humano, começam a ser escritos e testados com atenção redobrada, num mundo que estava a começar a ser invadido por novas formas de consumir cor. Com este novo foco, a sociedade também ficou mais alerta com o tempo às propriedades holisticas das cores.

Segundo o meu olhar pessoal, cada pigmento contêm uma estrutura possível de absorver a totalidade do espectro de luz branca e reflectir uma vibração, uma frequência cromática específica. Isto pode ser estudado de duas formas: Todas as cores que usamos connosco criam a absorção de determinadas frequências (oposta à visível); Todas as cores que vejo longe do meu corpo estão a emanar-me uma determinada frequência para o meu corpo. Por exemplo, se escolho vestir uma t-shirt amarela posso estar a precisar de absorver frequências próximas do roxo (a sua cor oposta), ao mesmo tempo que escolho emanar uma vibração amarela. Esta dinâmica ganha outros contornos se acrescentarmos os significados das mesmas. Por exemplo: escolho vestir algo que emana poder pessoal às outras pessoas, mas na realidade eu preciso de transmutar internamente sentimentos mais profundos em mim, para ganhar esse poder realmente (isto em analogia a vestir roupa amarela)

Nota agora sobre o Preto e o Branco, eles para mim representam luminosidades e não cor, por isso podem ter um efeito de iluminar ou escurecer as restantes cores, aumentando a clareza ou não de cada processo.

Vamos olhar um pouco melhor para as cores para entender melhor cada uma delas:

Violeta – integração do caminho espiritual; transmutação; silêncio; alquimia; comunicação clara com a luz e o divino; dissolução de padrões mais profundos e internos; transpessoalidade; transcendência; a cor com uma das frequências mais elevadas.

Magenta – Amor puro e incondicional; visão do sagrado através do coração; poder de distingir entre ego e luz; reconhecimento dos processos internos assim como os processos dos que estão ao nosso redor.

Azul – conhecimento; racionalidade; clareza; calma; pensamento lógico; processos emocionais não expressos; sabedoria do divino; comunicação clara.

Verde – Cura; equilíbrio; capacidade de unir opostos; visão ampla sobre as situações; justiça divina; ligação à mãe terra; verdade; enraizamento; dar e receber.

Amarelo – Estar ao serviço; poder pessoal; reconhecimento das ferramentas ou capacidades pessoais; casamento interno; assumir a luz interna; alegria na acção; comunicação mais expressiva e entusiasta.

Laranja – Criatividade; sensações; mundo dos sentidos; despertar interno para o mundo; liberdade emocional; erotismo; desapego; aprender através da experiência; força para testar e experimentar o mundo.

Vermelho – Acção na matéria; paixão; vitalidade; activação da kundalini; movimento físico; impulsos; instintos; emoções fortes; pulso firme; tomadas de decisão.

Para entenderes também a sua relação oposta, observa a imagem em baixo:

circulo cromático - cromoterapia - consciência cromática - cores holisticas

Nota paralela sobre o dourado: é uma cor que deriva do amarelo, mas com mais brilho, um salto quântico no amarelo. Por isso entendo o dourado como a mais profundo casamento interno, entre o nosso ser primordial e o cosmos divino, o reconhecimento das nossa capacidades não só nesta dimensão como noutras, o acesso a um poder pessoal para lá do campo do que é visível.

Nota paralela sobre o prateado: é um tom que para mim deriva do cinza (preto mais branco), mas numa dimensão superior, logo é a recalibração profunda, é a liga orientadora interna e externa. Na luz prateada não à divisão de cor, é o verdadeiro ponto de equilíbrio da nossa consciência universal.

Todas estas informações são fruto das minhas observações, sente-te livre para comentar e adicionar camadas a toda esta dinâmica!

Olhar o princípio e o fim

Olhar o princípio e o fim

Existem partes de nós que não conseguimos olhar e valorizar, não por serem negativas, mas porque são aspectos tão entranhados na nossa vivência que nem perdemos tempo para lhes dar nome, valor ou sentido.

Estamos demasiado perto de nós para ver que de facto existem qualidades, ou ferramentas tão naturais como respirar. Mas ficam desvalorizadas com um simples “faço de forma automática, nem pensei”.

Durante anos neguei o facto de que existe uma herança de memórias e ferramentas, que iam para lá da minha vida presente. Quanto mais aprendo a soltar a minha intuição, mais entendo a sua aplicação no meu trabalho e no meu dia-a-dia. Não procurem fechar as vossas ideias ou intuições em “caixas” de compreensão lógica, deixem que tudo vá fluindo. É uma mensagem de um anjo ou um guia? Se sentes luz, se é um apoio para a tua vida, então segue essa mensagem.

Este desenho que partilho hoje convosco será parte de algo maior. O que será? não sei explicar ainda, um oráculo diferente, Não interessa o formato, tudo irá fluir, tudo irá fazer sentido mais tarde.

Este tempo que dedico para meditar e ouvir o meu interior, é também tempo para olhar todas estas ferramentas, pois reconhecendo-as é possível dar-lhes força! Tornando o nosso dia-a-dia mais próximo daquilo que é a nossa verdadeira vontade e missão.

Estar neste ponto de análise, é olhar o princípio e o final da história, sem estar a viver nenhum. É reconhecer de onde vens, e de que isso se pode transformar para onde vais.

Dar força a estás ferramentas é potenciar aquilo que é mais puro em ti.