O Diwali já é o dia mais marcante do Atlas do Ser. Sempre tive dificuldade em dar continuidade aos meus projetos, acabavam sempre por ficar na gaveta passado um tempo, substituídos por projetos novos, mas quando criei o Atlas foi diferente. O Atlas nasceu com o propósito de guiar e trazer consciência às pessoas, acabando por me orientar a mim mesmo neste processo. Não foi por isso estranho que o Diwali tivesse sido o dia festivo que mais ressoou com a energia deste projeto, tendo sido uma âncora para que o Atlas nunca fosse colocado novamente na gaveta.
Como comecei a celebrar o Diwali?
Este ano partilho um pouco da história de como o Diwali me encantou. Tinha terminado o curso de Libertação das Cordas há muito pouco tempo, estava ainda nas primeiras consultas. Cheio de medos ainda, fui-me lançando às consultas e quase como um grande teste, surgiu a hipótese de realizar uma consulta a uma rapariga fantástica. Acontece que ela é indiana, a consulta foi por vídeo-chamada e tudo isto me estava a tirar da zona de conforto! Era das primeiras consultas que dava, a primeira em inglês e também das primeiras em vídeo-chamada. Lancei-me, como sempre e os resultados foram incríveis, não só os terapêuticos mas criámos mesmo uma ligação especial. Meses mais tarde estava a chegar o Diwali e ela partilhou imensa coisa comigo sobre como era para ela vivido este momento. A sua descrição encantou-me, numa mistura do que seria para nós europeus uma passagem de ano misturada com Natal.
Este festival hindu (mas que é celebrado de formas próximas noutras religiões) é o festival do Bem contra o Mal, da Luz contra a Sombra e sobretudo da Sabedoria contra a Ignorância. As famílias juntam-se para acender lamparinas de azeite, velas e luzes “tipo de Natal”, de forma a iluminar esta longa noite. Mais do que simplesmente um ritual é uma forma de união, um esforço conjunto de iluminação. Há vários dias de celebrações pelas ruas e as pessoas escolhem vestir as melhores peças de roupas pois a valorização desta Luz não passa apenas pela chama das velas, também passa pelo brilho pessoal que sentimos quando nos vestimos bem e nos arranjamos de forma mais especial.
Esta celebração da sabedoria sobre a ignorância, este iluminar do nosso lado sombra e que tantas vezes cai na ignorância, ressoou comigo e com as premissas que coloquei no Atlas, no momento da sua criação. Desta forma adaptei e ajustei a celebração ao meu quotidiano e sistema de crenças de forma a partilhar convosco esta Luz.
A minha forma de celebrar a Luz da Sabedoria!
Com este mote, adaptei as premissas do Diwali para uma momento de meditação simples e ajustado às nossas rotinas. Uma meditação de reconhecimento das nossas sombras e a iluminação das mesmas. Assim estaremos a promover a consciência e a unicidade do nosso ser. Podem existir aspetos mais ritualísticos, como o acender de velas, embelezamento do espaço de meditação ou outros que façam sentido. A criação deste ambiente é porque o Diwali tem esta componente de brilho/valorização pessoal e ao nosso redor, é por isso que faz sentido trazer coisas belas para o teu ambiente habitual de meditação, não sendo obrigatório que assim seja.
Todos anos tenho criado uma meditação gravada, para ser realizada no dia do Diwali, para que todos em conjunto consigamos trabalhar internamente o resgate da nossa sabedoria interior e a iluminação das nossas sombras. Esta partilha tem criado uma fantástica “tribo diwali” que ano após ano faz comigo esta celebração.
Pela primeira vez fez-me bastante sentido criar um grupo conjunto, que estará à mesma hora a realizar esta meditação. De forma remota, online, para que em qualquer parte do globo seja possível participar, no próximo dia 4 de Novembro, pelas 20h00, estaremos juntos nesta jornada se assim sentires.
Para quem não pode ou prefere ter a gravação, tal como nos anos anteriores, é sempre possível receber por e-mail o ficheiro áudio com a meditação, podendo fazer a qualquer hora e mesmo dia.
Receberás depois um e-mail com a meditação em ficheiro áudio ou o link do google meet para te juntares de forma remota.
O evento é totalmente gratuito, mas caso queiras fazer uma doação, para apoiar e ajudar a que este e outros eventos aconteçam, facilitarei os meios para que faças um donativo. Mas relembro, o evento é livre e grátis.
Se tudo isto vibra contigo entra em contacto e junta-te a esta celebração!
Sou uma pessoa muito visual, a minha formação profissional passou sempre por cursos ligados à arte e aos têxteis, ainda assim sempre quis escrever. Tive o privilégio de ter um avô poeta, e há algo no texto escrito que me fascina.
Com o passar dos anos fui sempre tentando escrever em páginas pessoais, blogs, redes sociais, mas nunca tinha parado para pensar o que realmente me dava prazer. Não sou a pessoa mais culta no que diz respeito a literatura ou poesia, mas de facto sempre houve algo que me impulsionava a continuar.
Só ao fim destes anos, entre conversas com um amigo, é que entendi que sou apaixonado pela ideia da pessoa que o meu avô foi, a sua postura, a forma deliciosa como escolhia cada expressão, e sempre que escrevo há um suave reviver dessas memórias em mim. Descobri que tiro mais prazer da ideia de estar a escrever, do que do acto em si, e quantas coisas mais não são apenas isso?
Será que gosto de ir beber café à rua, ou apenas a ideia de ter esse hábito? Será que gosto mesmo de beber chá, ou gosto da ideia de apreciar um ritual de profunda atenção e delicadeza?
São questões e descobertas para ir respondendo ao longo da vida, não estando nenhuma delas errada, mas vão ficando mais conscientes e assumidas tal como são. Afinal eu não queria escrever, queria ser inspirador como ele foi para mim.
Depois de páginas e blogs adormecidos, finalmente o Atlas do ser tem sido a “melhor versão de mim mesmo”, e se assim é devo toda a inspiração a pessoas como o meu avô, assim como a todos os amigos que colocam as questões importantes em cima da mesa! Não sei se chegarei a ser essa pessoa que inspira os outros, mas continuarei a trabalhar para eu ser a pessoa que me inspira a mim mesmo.
Porque se não te inspirares a ti mesmo, como podes inspirar alguém?
Sei que este título desta publicação parece estranho para muitos, mas ao longo do texto vão entender onde quero chegar.
Uma das questões que todos nós (sem excepção) colocamos a nós mesmo é “porque a mim?” ou “porquê comigo?”, sempre que algo menos bom acontece. A realidade é que nós abrimos porta a muita coisa que nos acontece.
Nota, não venho com isto ter um discurso mega positivista que o segredo é ver tudo com um filtro cor-de-rosa e mágico! mentira… tem tudo ligação à forma como o nosso centro estrutural está sólido ou frágil.
Vou na rua e acontece algo inesperado (quem nunca?), estando com uma estabilidade interna sólida esse assunto pode aborrecer o nosso humor, mas não será o fim do nosso dia! agora, quando a nossa estabilidade interna está comprometida, e esse assunto é algo mal resolvido internamente, ai sim, esse assunto vai trazer todo o “mau-olhado” e “má vibração” possível à nossa volta.
Quem rogou a praga em primeiro lugar? nós mesmo…
É por isso que o trabalho interno custa, dói, batemos com a cara tantas vezes no chão enquanto o fazemos, mas temos que continuar porque só assim ganhamos anti-corpos e a vibração necessária para lidar com o próprio universo!
Sempre sentirem que algo mexe mesmo convosco, não questionem “porquê eu?” digam “o que é que vem ao de cima em mim com esta situação?” … e deixem fluir dai a vossa auto-análise.
A magia disto tudo para quem realiza terapias como é o meu caso é de facto entender os padrões das pessoas que cruzam a nossa vida, e quanto do que vos dizemos é de facto algo para nós próprios ouvirmos!
Grato a todos vós que me permitem todos os dias ter mais consciência da minha estrutura, das minhas valências e das minhas fragilidades.
Tantas vezes vivemos vidas inteiras a assumir decisões que parecem ser nossas, quando na realidade são apenas fruto de ciclos vinculativos. Ciclos tão constantes e tão conhecidos que sem darmos conta deixamos que eles façam parte de nós. Numa atitude de perdoar o mal que me faz todos os dias, pelo facto de conhecer tão bem este meu ambiente prejudicial.
A questão que me coloquei hoje foi, quem sou eu para lá de todos os ciclos que me foram impostos? para lá dos ritmos e tempos, sem as regras sociais, despido de uma conduta viciosa, o que sobra, o que resta para ser agora nutrido?
Primeiro sobrou consciência de um horizonte aberto, vasto e inóspito. Solitário mas sem sentir solidão. Unitário.
E é neste local despido e sem tempo que é possível que cada um de nós sinta o que foi, o que é, e o será, como Um. É quando nos despimos de tudo o que não é nosso que abrimos espaço a olhar o que sobra, a perdoar o que esquecemos ou quisemos ignorar, e a nutrir o que temos de mais puro em nós.
Eu, para lá de tudo o que me foi imposto, escolho perdoar-me. Perdoar-me do estandarte de vitima que sobreviveu ao pior que escolhi hastear tantos anos. Hoje não terei mais essa medalha de lágrimas no peito, perdoo-me para que o exemplo de vitima que fui se transforme em exemplo de expansão que sou.
E perdoar não é esquecer, é compreender e abraçar as decisões passadas neste local interno onde não existe tempo.
Quais são as zonas de conforto que te estão a prejudicar? Quem és para lá de tudo o que te é imposto?
Escolhe observar a tua essência para que a consigas nutrir e potênciar!
(desta vez não tenho uma foto de um desenho, por falhas com o meu telefone, mas retomarei em breve!!)
A minha jornada pessoal neste nosso multiverso tem sido interessante e muito solitária. Solitária não no sentido de estar desamparado, a vida presenteou-me com inúmeras pessoas fantásticas para encaminhar o meu processo evolutivo nesta vida, mas solitário por ter sido um longo caminho iluminado apenas pela minha luz interior.
Existem várias versões dos mesmos glossários espirituais/alternativos, mas o importante é que a informação ressoe dentro do meu ser mais profundo. Durante estes últimos anos fui aprendendo e filtrando. Tudo está conectado e não é fácil ganhar consciência do nosso poder de acção e reacção neste e noutros planos.
Já entrei em naves, viajei para outros planetas e vi o meu corpo como nunca antes tinha visto. Não peço a ninguém que acredite, peço apenas que retenham o vos fizer sentido.
Numa das minhas últimas meditações viajei para longe, num espaço e tempo completamente diferentes, onde estive em plena contemplação do mundo, da energia, e de tudo o que eu sou capaz de criar e transformar. Na mesma meditação aprendi como poderia viajar, como é que estes lugares imóveis estão na realidade em frequências de espaço e tempo distintos dos nossos.
Imaginem ter um GPS em que substituem as vossas coordenadas geográficas por vibração do éter (o vazio da matéria), a curvatura do tempo, e os níveis de força de atração/gravitação. Este foi o meu guia espacial, este foi o meu glossário.
Sinto-me pleno das minhas descobertas mas cada vez mais certo que cada um de nós tem que fazer a sua própria viagem, não importa nada do que vemos, importa o que sentimos quando vemos!