Maha Shivaratri, a noite de Shiva
Maha Shivratri é a noite de adoração a Shiva, que ocorre na 14ª noite de lua nova, durante a noite escura do mês de Phalguna (mês que calha entre Fevereiro e Março do calendário gregoriano). Cai numa noite sem lua de fevereiro, quando se oferece uma oração especial ao senhor da destruição.
O Shivaratri (“ratri” em sânscrito significa ‘noite’) é a noite quando o Shiva dança a Tandava a dança da Criação, preservação e destruição. O festival é observado durante um dia e uma noite repleto de oferendas, mantras e celebrações.
Este dia/noite também está associado ao momento em que Shiva terá absorvido o veneno criado por deuses e demónios para destruir todo o mundo, ficando com o veneno preso na garganta para não o engolir, salvando o mundo e ganhando a tonalidade de pele azul.
Acredita-se que qualquer um que profere o nome de Shiva durante Shivaratri com devoção pura é libertado de karma pesado que possa ter, abrindo caminho à transformação. Assim, alcançando a morada de Shiva e liberado do ciclo de nascimento e morte é possível renovar na totalidade a nossa energia.
A celebração caracteriza-se pela devoção do lingam adorando-o por toda noite. Lingam é o símbolo que representa Shiva, e é normalmente feito de granito, pedra sabão, quartzo, mármore ou metal, este objecto desprovido de grande detalhes é adorado como sendo símbolo essencial da energia masculina universal, e é por esse motivo que é visto durante as celebrações assente numa forma de “língua ou disco”, Yoni, que representa Shakti, a energia feminina e juntos a totalidade da expressão, criação e renovação.
Também são oferecidos os 5 alimentos de imortalidade: leite, manteiga clarificada, iogurte, mel e açúcar, que são colocados diante do lingam. A vigília durante a noite é mantida com o conto de histórias e canções, e é quebrada somente na manhã seguinte.
Como sabem não sou Hindu, e por isso não irei praticar uma vigília, mas a energia nos últimos dias tem estado a mudar, e neste próximo dia 4 de Março irei dar força a esta capacidade transformadora, vivendo a unidade masculina e feminina, a força impulsionadora e a receptividade na totalidade.
Encontra nestas palavras aquilo que a tua alma está a precisar e deixa-te levar para o teu ritual pessoal.