Saturnália!

Saturnália!

Saturnália, é o festival de Roma Antiga que está quase aí à porta, mas porque estou a falar nisto agora? Há muito tempo que não me tenho limitado a debitar informações vagas sobre os assuntos que me vão chegando, e tenho me deixado levar pelos fundamentos e origens de cada assunto. Este texto na realidade poderia ser sobre Yule ou o Solstício de Inverno, pois foi aí que ele nasceu, mas ao longo da minha investigação deparei-me com a história romana da Saturnália que ressoou muito em mim e partilho convosco.

Esta época festiva foi instituída por volta de 217 a.c. mas os dias festivos que nela se podem incluir já existiam anteriormente. Esta época é iniciada a 17 de Dezembro e termina a 23 de Dezembro, dentro destes dias podemos observar vários rituais e hábitos em torno de Saturno e outras divindades que estão relacionadas a ele, tal como os seus filhos ou Ops sua mulher, ainda assim Saturno é sempre a figura chave, que dá inclusive o nome à época.

Saturno, o Deus do Tempo, assim como das colheitas, e fortunas conquistadas, é uma figura muito retorcida que chega a devorar os seus filhos com receio de que o destronem no futuro. Sendo que por outro lado ele surge nas histórias da região de Lácio como responsável pela chegada da Idade de Ouro, onde transmite sabedoria e conhecimentos únicos para todo o povo de modo a que consigam cultivar as melhores colheitas. Temos então duas imagens distintas do Tempo, a imagem destrutiva que se crescer em medo pode devorar os próprios filhos/sonhos, ou a imagem geradora capaz de agregar conhecimento e aprendizagens para melhorar a forma como crias, vives e te sustentas. Transporta esta imagem para a gestão do teu próprio tempo no ano de 2018, visto que este é o festival que vem fechar os ciclos anuais, e poderás verificar muita desta acção de Saturno sobre a tua vida. Quando é que “devoras-te os teus sonhos com medo?” ou “quando é permitis-te que a sabedoria ancestral te guia-se a novos horizontes”

Dentro deste período, por não-acaso, está o conhecido Solstício de Inverno, marcando o dia mais curto do ano. O Sol termina um ciclo de constantes renovações, fazendo uma última vénia ao planeta e deixando-nos na sombra durante mais tempo que o habitual, antes de renascer com mais força e voltarem a crescer o número de horas de sol! Este dia (21 de Dezembro) é extremamente importante dentro da própria simbologia da Saturnália, onde mais uma vez se fala de celebrar os feitos, glórias e colheitas do ano, em honra de mais um ano onde aplicaremos toda a nossa sabedoria ancestral de forma melhorada e diferenciada.

Proponho que durante este período (de 17 a 23 de Dezembro) faças algumas reflexões sobre estes temas, momentos meditativos ou até pequenos rituais de celebração de tudo o que conseguiste desenvolver e aprender, e reserva também tempo para pensar em como é que vais aplicar tudo o que aprendeste até aqui, agora de forma ainda mais direccionada! Não é necessário um grande ritual ou banquete romano, é preciso apenas que sintas que faz sentido para ti.

A ti que estás desse lado, desejo-te uma Saturnália cheia de emoção e concretização. E que todos os feitos de 2018 te inspirem a elevar ainda mais a esperança num 2019 brilhante, para ti, para os teus, e para todo o planeta.

A tua evolução espiritual

A tua evolução espiritual

A evolução pessoal e espiritual é um fluxo constante, mesmo que não estejas a ter consciência dele, ele está sempre a acontecer. É natural que existam períodos de maior incerteza no caminho ou nas ferramentas que estás a escolher para esta jornada, mas faz parte da nossa tomada de consciência.

São as nossas escolhas que tornam o caminho real, e tangente. Deixa de ser algo que nos acontece, começando a ser algo único, é apenas teu.

Mas nem todas as técnicas e práticas funcionam para o nosso ser. Nunca te esqueças que não vives num mosteiro, ou no local mais sagrado à face da terra. A tua encarnação presente veio para a cidade, para esta comunidade, e por isso não deves ignorar e afastar a tua atenção dos desafios de viver nela.

Aqui está o segredo, viver a espiritualidade como algo pessoal e que reage com os desafios da nossa comunidade e do nosso corpo actual. Nele teremos as chaves da nossa evolução, não as que estão escritas nos livros, mas as que são realmente tuas!

Não adianta cobrires-te de branco, usar terços, saber mantras, se depois no teu quotidiano não consegues ter o equilíbrio e discernimento para agir em plena consciência (pessoal e comunitária).

Eu sou apaixonado por ajudar pessoas, não a solucionar os problemas mais densos, mas sim a reencontrar a chave para uma vida onde o mundo dito espiritual encontra lugar no dia-a-dia. Depois disto, todas as leis universais serão mais claras na tua vida!

Limpeza energética

Limpeza energética

Limpeza, uma palavra que move ultimamente multidões, contudo é uma palavra que me tem causado algum desconforto quando a ouço.

Nem todos precisamos de limpezas energéticas sempre que algo “menos bom” acontece, pois tantas vezes nós próprios, com as nossas atitudes e ciclos, estamos a atrair pessoas, vibrações e situações negativas. Sempre vi as coisas neste prisma, tudo chega por alguma razão, e por mais limpezas que faça, se não cuidar do padrão base, vou voltar a atrair outros futuros “ataques”.

Se sentes que há algo em ti que não reconheces, procura ajuda, mas isso não significa não fazer nada. As terapias de autoconhecimento são uma cana, depois da consulta terás que pescar no mundo real.

Comigo hoje a limpeza aconteceu de forma muito particular, perdi acesso à minha página de Facebook. Terrível? Não… Mas entendi o tamanho do foco que eu estava a colocar na divulgação, enquanto noutra altura eu estaria realmente disponível para interagir com as pessoas. Não há nada como o contacto humano!

Os meus momentos terapêuticos são feitos desse mesmo contacto humano, dar tempo a ouvir, partilhar, escutar. E onde estava esse foco, se a minha energia estava dispersa nos meios digitais?

De volta ao tradicional blog! Agora com mais ação, prometo (a mim mesmo), pois acredito que sempre que partilho digo algo a mim mesmo. Ao eu que escreve e lê de novo, como ao Eu do futuro que lê daqui por uns anos…

Até já.