Universo consequencial

Universo consequencial

Tantas vezes todos já pensámos “porquê comigo?“. Não quero, nem devo, entrar em todas as variáveis possíveis de formas de criar “dívidas kármicas”, mas há algo que tem cruzado o meu pensamento e que sinto que devo partilhar.

O universo é consequencial, tudo à nossa volta são sequências infinitas (à nossa compreensão) para que tudo funcione. Basta começar no nosso próprio nascimento, começando por um ser unicelular que vai crescendo, ganhando mais células, gerando novas funções e habilidades, órgãos, sentidos e por “fim” é criado todo o ser. Nada disto seria possível se algo falhasse no caminho.

Da mesma forma, todos os nossos pequenos actos, até os mais insignificantes, são valiosos para o bom funcionamento do universo. Esta grande malha de acontecimentos em sequência está para lá do nosso entendimento e consciência, é algo extremamente elaborado, nem nos cabe a nós reconhecer todos as suas etapas. Mas se de facto começarmos a viver em consciência do momento presente, saberemos libertar mais facilmente medos, culpas e rancores de todos os processos “menos bons”.

Muitas vezes agradeço a alguns processos pesados pelos quais passei. Não para vangloriar-me em vitima, mas porque sem eles tantas outras coisas boas não teriam acontecido, mas no momento é impossível ter plena consciência dessas coisas boas que estão para vir.

Temos vivido tempos de depuração destas verdades universais. O que antes era “culpa” ou destino dos deuses, agora está a começar a ser entendido para lá de qualquer religião ou divindade. Começamos todos nós a ver que para lá da imagem de um santo, existem padrões que são iguais em mim, em ti, ou qualquer animal ou planta à nossa volta.

Vive este estado de crescimento universal e constante sem amarras. Vive sabendo que tudo pode estar ao teu alcance, ao mesmo tempo que nada será verdadeiramente teu.

Relações Kármicas

Relações Kármicas

Este é um dos temas mais falados no que toca a consultas com temas relacionais. Sempre que o ouvimos “essa é uma relação é kármica!” parece que aquela relação ganha um “peso” enorme, uma responsabilidade acrescida que o universo nos acabou de deixar nas mãos. Na realidade todas as nossas relações têm um propósito maior, para crescimento interno, uma aprendizagem, ou para serem ponte para novas pessoas na nossa vida, e por isso todas elas têm uma razão kármica para acontecerem.

Estou a falar de relações, mas é importante referir que para mim todos os laços relacionais são válidos. É tão importante ter uma relação íntima saudável, como amigos, ou até conhecidos! Não fazemos ideia muitas vezes da diferença que umas palavras simples a uma pessoa desconhecida podem fazer. Por isso pensa que até o total desconhecido que passa por ti e te indica um caminho, poderá ser “kármico”, no sentido em que poderia mesmo estar destinado a que aquela pessoa te indicasse um caminho, ou uma orientação em direcção a algo ou alguma coisa especial, destinada para ti.

O Karma não é algo estanque, ele está em constante transformação, ora porque saldamos antigas dívidas kármicas com o passado, ora porque nesta vida criamos novas dívidas. Muitas vezes, mais importante do que resolver questões antigas, é também não estar a criar novas. Sempre que alguém passa na vossa vida, mesmo que por breves instantes, permite que ela se afaste em gratidão, livre e sem nada por dizer/fazer. Por esse motivo eu não olho para o Karma como algo que está escrito para toda a vida, é de facto um conjunto de acontecimentos chave que podem acontecer, mais cedo ou mais tarde, e podem ser “re-escritos” se de facto outros processos pessoais forem sendo feitos.

Para todos os que trabalham directamente a ajudar pessoas este processo torna-se ainda mais intenso. Terapeutas, médicos, cuidadores, todos os que estão ao dispor dos outros, estão constantemente a facilitar esta libertação kármica, como também surgem mais hipóteses de criação de novos laços kármicos. É necessário cuidado redobrado na hora de receber e libertar todos os pacientes/clientes. Para curar questões kármicas é sempre necessário que exista com quem as curar, estamos a falar de relações, por isso todos que chegam a ti para serem curados/tratados/ajudados é porque noutra altura a situação já poderá ter sido a oposta. A ajuda, quando vem pedida do fundo do coração, nunca deverá ser negada.

Uma questão que também é muito recorrente é “esta pessoa já devia ter saído da minha vida, mas não a consigo libertar“, e nestes casos é necessário avaliar mais do que simplesmente o plano kármico de ambos, a vibração das outras pessoas podem manter-se no nosso campo vibracional durante algum tempo, como o rasto energético que todos vamos deixando por onde passamos, sendo que se existirem relações sexuais essa ligação pode manter-se durante meses. É aqui que situações como contacto telepático, sonhos e sensações sobre as outras pessoas são mais comuns quando os laços energéticos estão activos. Recomendo sempre que se façam algumas análises nesta fase.

O que ainda não resolvi com esta pessoa? Será que ainda há algo mais a falar/fazer? Será que este laço é apenas medo de abrir mão de algo? Há dificuldade de alguma das partes em trabalhar o desapego ou a força pessoal de afirmação? Terei alguma forma de ajudar esta pessoa a libertar-se por completo? Que mensagens estão para lá deste nosso contacto?

Isto são algumas das perguntas que poderás fazer aos teus guias, a um terapeuta, ou simplesmente ao universo. Existem muitas razões que levam a que alguém se ligue à nossa energia, uma coisa é certa, todas elas têm um papel ou papeis muito definidos, mesmo que para nós sejam apenas desconhecidos. Não conhecer o plano divino não nos retira dos processos dele.

Se sentes que há alguém que por algum motivo está muito ligado a ti, e que de alguma forma existe algo a fazer ou dizer, a primeira dica será sempre falar com a pessoa directamente. Mas bem sabemos que nem sempre isso é possível, nesses casos, meditem com ela, permitam o perdão mútuo e aceitação de que tudo o que podia ser feito aconteceu, tudo o que podia ser dito foi expressado.

Eu aceito todos os que me rodeiam e todos os seus processos sem julgar. Eu não preciso de os carregar às costas, mas se estão por perto é porque algo temos a aprender com eles.

Ciclos de vida 

Ciclos de vida 

Todos gostamos e procuramos ouvir que estamos apenas num ciclo menos bom, que é um karma, ou simplesmente que precisamos mudar algo que não nos faz bem. Partindo do princípio que “depois tudo fica numa constante e eterna paz”.

Na realidade ninguém nos ensina a viver tal como a vida acontece. A vida, cientificamente falando, é feita de constantes transformações. E para transformar é preciso perder e ganhar. Se a água evaporar, não continuo a ter água líquida nas minhas mãos. Na realidade não perdi água em estado líquido, ela apenas se transformou.

Connosco a equação mantém-se, não somos o que somos hoje, somos toda esta mudança e evolução constante. Somos até parte da transformação do mundo à nossa volta, pois a nossa mudança interna acontece de adição ou subtração de parte nossas e do meio envolvente.

Não estamos num ciclo, somos todos os ciclos.

Aceita o ser completo e pleno que es, foste e serás. Aceita a evolução que representas.

o meu multiverso

o meu multiverso

A minha jornada pessoal neste nosso multiverso tem sido interessante e muito solitária. Solitária não no sentido de estar desamparado, a vida presenteou-me com inúmeras pessoas fantásticas para encaminhar o meu processo evolutivo nesta vida, mas solitário por ter sido um longo caminho iluminado apenas pela minha luz interior.

Existem várias versões dos mesmos glossários espirituais/alternativos, mas o importante é que a informação ressoe dentro do meu ser mais profundo. Durante estes últimos anos fui aprendendo e filtrando. Tudo está conectado e não é fácil ganhar consciência do nosso poder de acção e reacção neste e noutros planos.

Já entrei em naves, viajei para outros planetas e vi o meu corpo como nunca antes tinha visto. Não peço a ninguém que acredite, peço apenas que retenham o vos fizer sentido.

Numa das minhas últimas meditações viajei para longe, num espaço e tempo completamente diferentes, onde estive em plena contemplação do mundo, da energia, e de tudo o que eu sou capaz de criar e transformar. Na mesma meditação aprendi como poderia viajar, como é que estes lugares imóveis estão na realidade em frequências de espaço e tempo distintos dos nossos.

Imaginem ter um GPS em que substituem as vossas coordenadas geográficas por vibração do éter (o vazio da matéria), a curvatura do tempo, e os níveis de força de atração/gravitação. Este foi o meu guia espacial, este foi o meu glossário.

Sinto-me pleno das minhas descobertas mas cada vez mais certo que cada um de nós tem que fazer a sua própria viagem, não importa nada do que vemos, importa o que sentimos quando vemos!