by Andre Moreira C. | 26.06.22 | Auto Observação
De tempos em tempos há movimentos na sociedade que nos fazem ter atitudes ou decisões semelhantes, apesar de aplicadas à vida de cada um de nós. Esta é uma dança lindíssima que me faz receber mensagens comuns, aplicáveis a várias pessoas num momento específico.
Recentemente reparei que esteve a acontecer uma exaltação “da força”. Não, não estou a falar de StarWars, mas sim de um constante reforço de que “preciso ser forte para isto” ou ” vou ser forte para ultrapassar isto“. O problema não está na força mas sim na forma como está a ser aplicada.
Praticamente todos os casos com que me cruzei tinham algo semelhante, eram casos de resignação e resistência e não de força realmente. Eram casos onde “ser forte” era o sinónimo de “aguentar” ou “sobreviver” simplesmente. A nossa força interior é impulsionadora, deve ser o que nos inspira a avançar, a encontrar soluções e a fazer mudanças, ter força não deveria ser para aguentar de forma submissa o que nos acontece.
Claro que num momento de maior dificuldade precisamos de força, mas uma força que coloca soluções em cima da mesa e arranja as melhores formas de viver o momento mais desafiante. A força é esse fogo interno que nos permite correr até à meta final, mesmo quando parece que estamos quase a perder a corrida.
Quando a vida nos desafia também precisamos de muita resistência e capacidade de aguentar situações pesadas, é perfeitamente válido, só não lhe chamem força. Quando acreditarem que ser forte é aguentar, como vão depois ter força para arrancar com os vossos projetos pessoais? Os projetos e mudanças não nascem por “aguentar” seja o que for.
Até posso acrescentar que em momentos onde a vida me pediu muita resistência e aceitação aquilo que me alimentou foi ter alimentado a minha força interna com outras coisas paralelas que estavam a acontecer também. Alimentar a nossa força em tempos complicados é alimentar as nossas paixões, os locais e hábitos que nos deixam de coração cheio, precisamente para ter força interior e a mente clara para tomar as decisões mais acertadas.
Resgata essa verdadeira força pessoal sem te resignares a aguentar seja o que for, sem confundir força com resiliência aos desafios.
A história de uma estrela
Um dia, numa aula de astrologia, fizeram a seguinte analogia que guardei para a vida! Uma estrela quando está no auge do seu brilho está pequena e extremamente comprimida sobre o seu centro, gerando uma energia imensa que a faz brilhar intensamente. Quando as estrelas começam a expandir o seu tamanho, chegando a “engolir” planetas ao seu redor, é quando a estrela perde o seu brilho e a sua energia.
A analogia é que quanto mais centrado sobre o teu núcleo estiveres, mais brilharás e iluminarás todos os que te rodeiam. Quando tentamos tocar todos os corpos à nossa volta perdemos o centro e o brilho que poderia inspirar outros à nossa volta.
Algumas dicas
A prática de meditação ou de momentos de auto-observação como um hábito constante ajuda-nos a não esquecer a nossa força. É por isso que já criei e disponibilizei cadernos, diários lunares, diários de 21 dias e tantas outras ferramentas para partilhar o que faz tanto sentido para mim.
by Andre Moreira C. | 08.12.20 | Auto Observação, Celebrações, Meditação
Este ano passou quase sem darmos por ele. Tanta coisa diferente que ficará na história e ao mesmo tempo, tantos dias fechados e forçados a aceitar um ritmo completamente diferente.
A energia do Yule está a começar a fazer-se sentir, o movimento de recolhimento vai aumentando e com ele a análise mais profunda. E agora perguntas e bem, “não tive toda uma quarentena para entrar em análise profunda?”, claro que estivemos todos nesse movimento mas é no Yule que a luz é menor, que o frio mata as colheitas e começamos a viver este tempo com tudo aquilo que estivemos a “semear” nessa quarentena fantástica.
O Atlas não foi uma exceção, também eu estive em mudanças profundas ao longo do ano. Agora, no Yule, adoro silenciar as redes sociais, as consultas e os desenhos, adoro trocar esse tempo por tempo para pensar, estar em contacto com o alimento do ano que vem, quais serão as colheitas do ano que vem? Não sei ainda ao certo como vou continuar a comunicar, ainda está tudo em aberto, mas até na incerteza temos respostas.
Se o ano te virou do avesso de diversas formas e 2021 apareça como um grande ponto de interrogação, aceita isso mesmo. Se a vida não te está a dar respostas a longo prazo, vive a curto prazo, com metas diárias e tudo se irá compor a seu tempo.
Celebrar o Yule
Este é um tempo de esperança, uma fé profunda de que os dias vão crescer e que o Sol aquecerá novamente os dias que estão para vir. Neste sentido proponho um pequeno ritual simples.
Vou chamar-lhe “composição meditativa“, para evitar os estereótipos de “altar”. Poderás então reunir os seguintes elementos (fisicamente ou em meditação).
- Um elemento solar. Pode ser uma vela, uma imagem ou um elemento decorativo que remeta ao Sol, à força criadora e expansiva.
- Um elemento lunar. Pode ser uma taça com água, uma flor ou um elemento decorativo que remeta à Lua, ao movimento interior, aos ciclos interno e à introspeção.
- Um elemento que represente uma colheita tua deste ano. Pode ser um objeto real ou poderás escrever num papel uma conquista, uma meta atingida ou algo fantástico que tenha acontecido.
Demora tempo a construir esta composição meditativa, reflete sobre cada elemento e o que ele representa ou pode representar para ti neste momento. Mais do que um conjunto de objetos, este será um momento de agradecimento ao ano que fechamos e um voto de fé no ano vindouro.
Quanto ao Atlas do Ser, as consultas vão continuar a acontecer, em alguns sábados em Oeiras ou à distância. As partilhas artísticas vão continuar a crescer e a ganhar novas formas! Certamente que 2021 contará com muito mais novidades e por isso, se quiseres estar sempre a par de tudo, poderás subscrever à minha newsletter através deste link: http://eepurl.com/dubAur
💛 Feliz Yule!
by Andre Moreira C. | 19.06.18 | Auto Observação
A evolução pessoal e espiritual é um fluxo constante, mesmo que não estejas a ter consciência dele, ele está sempre a acontecer. É natural que existam períodos de maior incerteza no caminho ou nas ferramentas que estás a escolher para esta jornada, mas faz parte da nossa tomada de consciência.
São as nossas escolhas que tornam o caminho real, e tangente. Deixa de ser algo que nos acontece, começando a ser algo único, é apenas teu.
Mas nem todas as técnicas e práticas funcionam para o nosso ser. Nunca te esqueças que não vives num mosteiro, ou no local mais sagrado à face da terra. A tua encarnação presente veio para a cidade, para esta comunidade, e por isso não deves ignorar e afastar a tua atenção dos desafios de viver nela.
Aqui está o segredo, viver a espiritualidade como algo pessoal e que reage com os desafios da nossa comunidade e do nosso corpo actual. Nele teremos as chaves da nossa evolução, não as que estão escritas nos livros, mas as que são realmente tuas!
Não adianta cobrires-te de branco, usar terços, saber mantras, se depois no teu quotidiano não consegues ter o equilíbrio e discernimento para agir em plena consciência (pessoal e comunitária).
Eu sou apaixonado por ajudar pessoas, não a solucionar os problemas mais densos, mas sim a reencontrar a chave para uma vida onde o mundo dito espiritual encontra lugar no dia-a-dia. Depois disto, todas as leis universais serão mais claras na tua vida!
by Andre Moreira C. | 04.06.18 | Numerologia, Oráculos e Tarot
Existem vários estudos numerológicos que te podem dar várias indicações úteis, para a interpretação de esquemas numéricos, como a data de nascimento, as horas dos acontecimentos ou nomes. Muitos dos baralhos de Tarot ou Oráculos têm como base uma análise numerológica, e decifrar esta estrutura base vai ajudar-te a entender melhor outras ferramentas.
Ao longo da minha aprendizagem, entendi que grande parte deste conhecimento está armazenado na nossa memória colectiva inconsciente, só precisamos de alguns “gatilhos” para a activar. Esta é a minha forma de expor algumas linhas indicadoras daquilo que é o meu método base. Sendo que isto é apenas um pequeno resumo, as deduções mais profundas ficam para cada um fazer, conforme as sua próprias situações e vivências. Sendo que é bom questionarem os próprios métodos e acrescentarem mais camadas a este tipo de informação e esquema.
Vamos começar por dividir desde já os números pelo seu elemento base, que intuitivamente qualquer um consegue indicar características:
Fogo (1,9), o movimento, o elemento que representa vibrações muito dinâmicas, que precisas de ver tudo mexer à sua volta. Também são os números que nos vêm falar de novos caminhos, e nos aproximam com o princípio e o fim das nossas jornadas internas.
Água (2,6), o sentimento, o elemento que liga as almas, que se emociona, que cuida de si e dos outros. Naturalmente mais apaziguador que o anterior fogo, este vem para sanar e tranquilizar. É por excelência a vibração do amor e da comunhão.
Ar (3,7), a consciência, o elemento do intelecto, aquele que vem para comunicar a verdade universal. Neste elemento vamos encontrar tudo o que está ligado à expressão verbal, a criatividade e destreza mental. A vibração dos que questionam o mundo.
Terra (4,8), a estrutura, a base firme que nos suporta a vida. Um elemento de ciclos lentos e contemplativos, onde vamos sempre olhar para a nossa estrutura financeira ou profissional. O seu cunho à matéria garante que com estes números vamos sempre trabalhar questões de poder pessoal, autoridade e firmeza na nossa postura.
Éter (5), a diferenciação, aquele que rompe com todos os outros. O estado etérico é aquele que coloca um pé fora daquilo que assumimos ser a realidade sensorial. Abre os sentidos e vê para lá da matéria, entrando em choque. É um número de rotura e reconsideração. Uma busca que pode ser interna ou social.
Com estas notas já é possível entender um pouco melhor cada número, sendo que a sua sequência mostrará a evolução destes mesmo estados de alma.
Esta jornada começa no número 1, o nascimento, regido pela energia do elemento fogo, ele vem para criar. A vibração que abre caminho no meio da selva do dia-a-dia garantindo foco e determinação. Ele “acabou de nascer” por isso a sua intuição ainda está muito perto da Fonte, regendo todos os seus movimentos por impulsos intuitivos.
Logo após um número tão activo, temos o principio da união. Com o número 2 tudo abranda e começamos a contemplar os outros. A vibração por excelência do amor, da comunhão e da emoção. Ela garante uma vivência que se expande para lá do nosso ego e toca em compaixão quem nos está próximo. O momento de sentir o mundo à nossa volta.
Após ter experimentado viver para os nossos impulsos (na vibração 1) e ter parado para sentir (na vibração 2), o número 3 vem ensinar a ter uma maior consciência sobre a acção, onde impulso e emoção se unem para um equilíbrio consciente. Esta maior sensibilidade permite uma visão abrangente das situações e mais holística. Também desperta a criatividade nas soluções dos desafios da vida e procura uma comunicação e expressão daquilo que é claro e objectivo.
Já na vibração 4 começamos a nossa aproximação à terra, depois de nascer lá no topo do circulo, fomos descendo e agora estamos a experimentar a matéria. É uma vibração do plano físico, dos bens que nos rodeiam, da segurança e estabilidade financeira e a materialização daquilo que antes apenas pairava no plano mental.
Chegando ao número 5 é altura de analisar de forma crítica tudo. Símbolo de rotura e uma constante insatisfação com aquilo que é a normativo. Esta é uma vibração extremamente diferenciada pela singularidade por isso qualquer coisa criada para alimentar multidões será um choque para quem que vibra neste estado de alma. É o impulso que nos aproxima da nossa verdade interna.
Depois da tempestade, chega a bonança, com o número 6. A nova forma de sentir o mundo, é o número que nos leva a amar não só o próximo como o mundo inteiro, aceitando todas as suas diferenças. Expressão de cura e pacificação, sempre de forma natural e justa para com todos os envolvidos.
Chegando ao número 7, regressamos a uma vibração Ar, pegamos nesta bagagem toda e começamos a traçar planos mais objectivos para a busca da fonte. É uma vibração muito virada para a nossa autoanálise, sendo a vibração dos eternos pensadores e filósofos. O 7 garante pouca acção e muita dissertação, mas sempre que a acção acontece ela é direccionada e certeira, pois todo o conhecimento empírico já foi tão estudado, que já faz parte das nossas entranhas.
E chegamos ao último número que fala da matéria, antes de cruzar novamente a linha para plano astral. É a vibração 8, a vibração do poder pessoal por excelência, do controlo da matéria e também do seu fim. Nesta vibração tanto podemos estar a colher frutos de trabalho, como podemos estar a vivenciar todas as limitações que o plano material tem. É o último estado de alma para viver o plano material.
Finalmente o fogo etérico do 9, número de transcendência e elevação. Nesta vibração estamos a caminhar para a união final, com passos firmes regidos pela nossa intuição forte, somos encaminhados a abraçar o universo como um grande Todo. O desapego e a renuncia à matéria pode ser tema importante nesta vibração, assim como o fecho de todos os ciclos sociais e profissionais que já não fluem com aquilo que é a nossa verdade.
Tudo isto para encontrar de novo a unidade, e voltar a nascer no 1. No esquema foi representado o 10 como sendo a fonte, e poderia estar apenas o zero, ou até nem ter nada, mas sendo que nunca é tido em conta o vazio do zero, achei que seria mais perceptível o 10 como o regresso, o fim e o início. Agora caberá a cada um de nós escolher fluir entre este vários estados de alma, ou lutar contra eles.
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Até já.