Agradeço a todos os dias menos bons

Agradeço a todos os dias menos bons

Estou habituado a ler e ouvir as pessoas agradecerem tudo o que de bom lhes tem acontecido, e eu não desvalorizo isso mesmo. Contudo ao longo dos últimos anos aprendi a agradecer a todos os momentos maus, aqueles que realmente sacudiram a minha estrutura e me fizeram provar a mim mesmo que tenho estabilidade interna!

É bonito dizer que vamos enviar amor e luz aos nossos “inimigos”, mas esse gesto trás consigo uma sensação de desresponsabilização, “já enviei muito amor, agora é com ele”. Seria muito melhor se todos os dias conseguíssemos realmente agradecer a quem nos fez menos bem.

Na realidade agradecer a quem colocou à prova a nossa fé!

Foi com momentos terríveis de desgaste interno imenso, que dei conta de tudo o que era capaz de fazer para superar a situação. Se não fossem esses momentos eu não estaria onde estou hoje, e por isso agradeço.

Agradeço à vida, por todas as pessoas boas que me cuidaram de mim, e por todos as que o seu papel foi desafiar-me a ser alguém mais forte. Obrigado!

Japamala e as suas lágrimas de Shiva

Japamala e as suas lágrimas de Shiva

Japamala (Japa = repetição, Mala = cordão ou colar) é um objeto antigo de devoção espiritual, conhecido também como rosário de orações no ocidente. É um artesanato muito utilizado para ajudar nas orações e mentalizações como marcador. Temos então duas correntes: uma espiritual, “Japa“, e outra material, “Mala“. Assim, as energias espirituais invocadas “Japa” energizam o “Mala”.

Um japamala é geralmente composto por 108 contas e o “meru”, conta central que marca o início e o fim do mala. Também é possível encontrar japamalas menores, variando de 27 ou 54 contas, todas sub-divisões de 108. Ao se completar o circuito de 108 repetições da oração, mentalização ou mantra, alcança-se um estágio superior na consciência. (estágio que ultrapassa as fixações da mente, mantendo a consciência concentrada em si mesma)

Podemos encontrar japamalas com contas de madeira, cristais ou sementes. Uma das mais usadas são as sementes de Rudraksha, tiradas do fruto – semelhante a uma noz da planta de mesmo nome. É-lhe atribuído mais valor curativo de acordo com a obediência a certos fatores: coloração (as mais claras têm mais poder curativo), aparência (conservadas, indenes, não lisas) e número de faces (mukhi), que deve ser definido e quanto maior a sua quantidade, mais valor sentimental, financeiro, afetivo e curativo dá à semente.

rudraksha

As sementes de rudraksha também são conhecidas como “Lágrimas de Shiva” pelos hindus. De acordo com o grupo de artesãos que confeccionam japamalas, a tradição hindu conta que após um longo período de meditação, Shiva abriu seus olhos e lágrimas cairam no chão. A partir destas lágrimas nasceram árvores de rudraksha. Por isso é muito comum Shiva ser representado utilizando um japamala de rudraksha.

O nome rudraksha ou rudrākṣa, em sânscrito, é um termo composto (rudra (रुद्रः) = deus dos trovões + ākṣa = olho) que é dado tanto a esta árvore como também a seus pequenos frutos e sementes, sendo estas muito prezadas por suas supostas propriedades sagradas (Sri) e curativas de acordo com o sistema tradicional de medicina da Índia.

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