Escrevo num momento em que temos imensos planetas retrógrados, para além do nosso querido mercúrio, e talvez por isso esteja num ponto pessoal de maior questionamento. Estes momentos são bons para refletir o que temos feito, quais têm sido os benefícios das nossas escolhas e em que direção queremos continuar a semear as nossas sementes.

Conforme vou aprendendo mais técnicas e vou ganhando cada vez mais experiência no terreno, vou acreditando cada vez mais numa abertura daquilo a que chamamos o “mundo quotidiano” para o “mundo holístico”. Estas mudanças demoram anos, às vezes décadas ou mesmo séculos, mas senti que deveria escrever o que sinto como forma de afirmar ao universo e a mim mesmo a minha visão e a minha vontade.

Tenho-me cruzado com muitas pessoas no meu caminho que chegam de uma geração anterior, uma geração onde o acesso às ferramentas era limitado, oculto e mesmo codificado. Para os dias de hoje seria impensável queimar apontamentos após uma formação de reiki! Mas é verdade que isto já aconteceu e não foi assim há tantos anos como imaginam. Estavam a ser formadas as pessoas que foram desbravando o caminho para hoje ser possível existirem lojas e espaços de terapias que nascem quase como cogumelos. Houve durante muito tempo uma evolução paralela e repleta de secretismo. Hoje vivemos uma realidade cada vez mais mista, onde até quem nunca teve uma aula sequer de astrologia sabe alguma coisa sobre mercúrio retrógrado, por exemplo, e para mim este caminho mesclado de experiência e modos de ver o mundo será o caminho mais comum em breve.

Qual é o futuro do universo holístico para mim?

Acredito que vamos estar a caminhar para um mundo mais unificado, onde o universo corporativo pode ter espaço para a sensibilidade, onde o quotidiano respeita a energia pessoal e a evolução espiritual que cada um está a fazer. Mas onde poderá isto ser traduzido? Para mim traduz-se em misturar mundos, deixando de fazer sentido dizer que algo é “esotérico” ou “holístico” porque simplesmente fará parte do dia-a-dia. Imagem só diretores de Recursos Humanos a ler mapas astrais para ter equipas que se completam nas suas várias valências!

Esta mudança ainda vai levar o seu tempo, mas vou sentindo cada vez mais esta necessidade de unificação. A título muito pessoal, até vos digo que já tive várias/os chefes a questionarem-me sobre mapas astrais ou outro tipo de informação “esotérica” sobre novas contratações. Poderá ter sido a título de curiosidade ou simplesmente “por piada”, mas o que é certo é que estes são temas cada vez mais comuns na nossa linguagem.

Somos Um. Onde quer que estejamos

Outro tema que temos vindo a partilhar todos, com especial reforço (forçado) durante o ano de 2020 é o tema das nossas ligação não-físicas. Fomos forçados por motivos pandémicos a ficar em casa, ao mesmo tempo que as plataformas digitais e redes sociais estão no auge da sua utilização. Isto vem dar oportunidade a que se criem ligações para lá das fronteiras habituais, entendendo que a nossa “tribo” não vive toda connosco, no nosso bairro, mas passou a viver ao redor do globo. As nossas comunicações vivem momentos estranhos com inovações mas também muito controlo por parte dos prestadores do serviço, e isto surgem para reafirmar que há trabalhos globais que podem acontecer de forma síncrona, mesmo que oceanos e continentes entre todos nós.

Em resumo, eu penso que a integração será mais uníssona e global. Os processos vão estar todos eles mais às claras e será tudo mais falado e exposto. Da minha parte eu sei que vou relacionar cada vez mais as minhas ferramentas de forma a proporcionar uma orientação mais mista e mais polivalente, em consonância com aquilo que cada um precisa.

Até lá, permite-te quebrar as barreiras e os preconceitos. Sai dos armários onde estejas escondida/o. E sorri à nova realidade 🙂