Tantas vezes vivemos vidas inteiras a assumir decisões que parecem ser nossas, quando na realidade são apenas fruto de ciclos vinculativos. Ciclos tão constantes e tão conhecidos que sem darmos conta deixamos que eles façam parte de nós. Numa atitude de perdoar o mal que me faz todos os dias, pelo facto de conhecer tão bem este meu ambiente prejudicial.

A questão que me coloquei hoje foi, quem sou eu para lá de todos os ciclos que me foram impostos? para lá dos ritmos e tempos, sem as regras sociais, despido de uma conduta viciosa, o que sobra, o que resta para ser agora nutrido?

Primeiro sobrou consciência de um horizonte aberto, vasto e inóspito. Solitário mas sem sentir solidão. Unitário.

E é neste local despido e sem tempo que é possível que cada um de nós sinta o que foi, o que é, e o será, como Um. É quando nos despimos de tudo o que não é nosso que abrimos espaço a olhar o que sobra, a perdoar o que esquecemos ou quisemos ignorar, e a nutrir o que temos de mais puro em nós.

Eu, para lá de tudo o que me foi imposto, escolho perdoar-me. Perdoar-me do estandarte de vitima que sobreviveu ao pior que escolhi hastear tantos anos. Hoje não terei mais essa medalha de lágrimas no peito, perdoo-me para que o exemplo de vitima que fui se transforme em exemplo de expansão que sou.

E perdoar não é esquecer, é compreender e abraçar as decisões passadas neste local interno onde não existe tempo.

Quais são as zonas de conforto que te estão a prejudicar? Quem és para lá de tudo o que te é imposto?

Escolhe observar a tua essência para que a consigas nutrir e potênciar!

 

(desta vez não tenho uma foto de um desenho, por falhas com o meu telefone, mas retomarei em breve!!)