Consegues imaginar que és uma mulher autista a tentar ter uma vida social saudável? Provavelmente é algo demasiado distante para que consigas imaginar, mas para Madeleine Ryan qualquer simples conversa de café é um emaranhado de possibilidades e analises tão elaboradas que se tornam desgastantes.

Em oposição a esta espontaneidade humana, os cristais, os símbolos, números, cores e planetas são bem mais simples de ler e analisar. Eles não reagem de forma irreverente, são sinónimos de uma série de significados mais ou menos fechados, e desta forma mais simples de interpretar que um “olá e um piscar de olho no café”.

Assim o Tarot começou por ser o melhor amigo de Madeleine, com quem ela bebe um chá ou toma um copo de vinho. Mas este amigo especial não faz coisas com segundas intenções, não tem filtros nas conversas que tem. O baralho de tarot surgiu então como ferramenta do dia-a-dia para um momento apenas seu. O ritual de aquecer um chá, acender uma vela, sentar-se consigo durante uns minutos, são tudo passos para acalmar a mente autista, uma mente a funcionar a velocidade cruzeiro 24h por dia.

Este ritual próprio é semelhante a uma meditação, Madeleine usa o tarot como um tempo para si, para questionar-se sobre tudo o que a incomoda e acaba por ter uma conversa com o seu eu mais profundo, sem filtros, sem julgamentos.

Leiam na integra a história de Madeleine Ryan neste link.