Energia Angélica

Energia Angélica

Nunca pensei escrever sobre a presença de forças de ordem Angélica na minha vida. Durante anos o conceito foi demasiado intangível para que conseguisse compreender, envolto em demasiadas referências distintas e que não se coadunavam comigo.

Cresci a ouvir falar de forma recorrente sobre anjos e quando estás perante opiniões de algo que não é material tendes a absorver sem opinar muito, recolhendo o máximo de opiniões e significados para o tema. Foi bastante comum ouvir pessoas falar sobre estas entidades que eram crentes cegos, pessoas que tentam não elaborar questões sobre aquilo que lhes foi passado, apenas debitam a mesma informam, por vezes de forma ainda menos complexa e menos fundamentada, face ao que lhes foi passado. De um ponto de vista popular, há uma forte imagem criada de que os anjos são as figuras de gesso a quem se pede de tudo, com direito a uma miriade de opções, funções ou temáticas, sendo que isso para mim eram apenas monólogos, eram apenas pedidos egoístas sem pedir por entender melhor os seus desafios.

Vou repetir-me, mas reforçando que este é um tema abstratro e intangível é muito complicado gerar uma opinião muito particular sem sentir ou viver algo de profundo com este tipo de energia.

Quando iniciei o meu caminho na espiritualidade comecei a ter alguns acasos curiosos ligados a este tipo de energia, pessoas que falavam em estar acompanhadas, visualizações relacionadas a algum anjo ou arcanjo em meditações, uma série de pequenas coisas que com o tempo me foram aproximando desta energia que nos circula.

Nota pessoal: comecei a escrever o texto referindo-me ao tema como “força superior” mas editei pois a palavra “força” tem um caris muito impositivo e tudo o que vivi foi suave e orientador, nunca imposto ou forçado. Também a palavra “superior” não me pareceu ser a mais correcta visto que eu senti sempre a sua acção perto de todos nós, ao nosso lado literalmente, os anjos e arcanjos podem ter uma visão superior mas estão connosco e devem (a meu ver) ser olhados como próximos e não como distantes, sem lhes retirar o devido estatuto

Ainda continua a ser complexo explicar como é que eu “vejo” ou sinto a presença de anjos e arcanjos, é tão éterea como é concreta, de forma intuitiva e muitas vezes com muito pouca “imagem” para eu poder explicar “está aqui um arcanjo consigo!”.

Sei que há diversas energias ou vibrações que vão mantendo o caos harmónico em que vivemos e essas energias não são apenas angélicas, existem várias e chegam representadas de formas muito diferentes. A energia angélica representa para mim uma orientação, uma intuição fora do normal que traz certeza e empoderamento a todos os que entram em contacto com ela.

Não foi simples para mim falar sobre este tema devido à forma como determinadas pessoas a viveram no passado. Mas hoje eu acredito numa vibração angélica que apesar de ser difícil de exprimir em palavras eu sei identificar que está por perto, a orientar, a cuidar e a sanar de forma a criar equilíbrio no cosmos naturalmente caótico. Eles não chegam para pedirmos milagres infundados, mas para orientar a nossa vida quando a intuição natural não está a ser escutada ou entendida.

Vestuário para meditação

Vestuário para meditação

Este é um tópico muito interessante para mim, pois se ainda não sabes tenho formação em Design de Moda, e esta integração entre os vários mundos onde me movimento tem sido extremamente enriquecedora.

Ainda nos tempos de faculdade houve um tema que me interessou particularmente, a estimulação neurológica criada pelas peças de roupa que usamos todos os dias. Existem várias formas desta estimulação acontecer, mas vou falar de uma das mais importantes para a meditação, a pressão. A nossa pele, tida muitas vezes como o nosso “maior órgão”, contém imensos terminais nervosos que activam o nosso cérebro de forma a que tenhamos uma maior perceção do mundo. Vulgarmente poderíamos chamar a este aspecto o tacto, mas existem coisas para lá do simples toque.

Sempre que estamos a usar uma peça de roupa mais justa estamos não só a criar uma zona de contacto, como estamos a activar uma série de terminais nervosos que vão passar o dia a dizer “está aqui alguma coisa!“. Por outras palavras o nosso cérebro mesmo que tente descansar, vais estar sempre com uma chamada de atenção a essa zona.

Não é complicado observar que em diversas culturas os hábitos das pessoas ligadas às práticas religiosas são, na sua maioria, hábitos largos com pouca forma. É comum inclusive que sejam peças cuja forma não é desenhada à imagem do corpo (quase que são simples panos). O propósito poderá variar em cada cultura, mas uma coisa é certa, se o vestuário estiver afastado do corpo físico o nosso cérebro estará muito menos estimulado e por sua vez mais calmo e receptivo à “viagem astral”.

É por isso que, independentemente do tipo de meditação que estamos a fazer, eu recomendo sempre:

  • Uso de roupa larga, de preferência sem elásticos ou cintos.
  • Evitar elementos pesados como fivelas, relógios, brincos, etc.
  • Evitar os tecidos mais pesados ou que possam criar alguma irritação na pele.
  • No tempo frio é preferível uma manta leve e quente que muitas camadas de roupa.

Por último, usem peças que gostem! Pode parecer estranho mas não é… Quem nunca teve que usar uma peça de roupa emprestada porque ficou uma noite em casa de um amigo? Que nem é necessariamente feia, mas apenas não é um hábito nosso. Por mais “escondida” que a peça esteja vamos passar o dia a relembrar a sua presença, e por isso também é importante que usemos sempre peças que nos deixem confortáveis a todos os níveis, inclusive ao nível estético.

Meditação em movimento pela Natureza

Meditação em movimento pela Natureza

The mind can go in a thousand directions.
But on this beautiful path, I walk in peace.
With each step, a gentle wind blows.
With each step, a flower blooms.
-Thich Nhat Hanh

A meditação não é apesar estar em silêncio de forma imóvel. A meditação é um momento de observação e ponderação, uma escuta activa sobre as nossas questões presentes, a transformação que vives actualmente.

Com a meditação poderás viver o momento e o meio circundante de forma mais clara e estável, sem ficar preso ao passado ou preocupado com o futuro. Mas nem sempre é simples meditar, a agitação diária os estímulos por vezes são tantos que se torna complicado ter esse momento de tranquilidade. É precisamente por isso que escrevo este momento na Natureza, um momento livre de níveis de aprendizagem ou mestria, um passeio consciente com aquilo que o universo tem de melhor para nós.

A título pessoal eu sou uma pessoa muito activa, tenho prazer em fazer desporto e estar fisicamente activo, quando comecei a meditar foi muito complicado não ter vontade de me mexer chegando até a entrar em ansiedade. Quando comecei a ter alguma prática de meditação comecei também a entender que eu na realidade tinha um conjunto de momentos meditativos que “fugiam” das normas, descobrindo as meditações activas sem dar conta disso.

Numa meditação activa existe um propósito firme em cada movimento ou acção. O foco da nossa atenção deixa de ser o comboio de pensamentos e dúvidas, passando a ser apenas um movimento, um objecto ou uma parte do corpo. Quando desligamos a pressão dos preceitos e regras, desligamos também a pressão de corresponder a um “ideal de meditação”, e começamos a ser capazes de brincar livremente com este momento especial.

Passos para uma meditação activa na natureza:

  1. Encontra em trilho minimamente conhecido para que te sintas confortável com ele e que garanta alguma tranquilidade, com poucas pessoas por perto.
  2. Começa apenas por agradecer. Observa, ainda imóvel, o local ao teu redor e agradece a sua energia agradecendo também a ti por te estares a permitir viver este momento. Sempre respirando em ciclos longos.
  3. Enraíza bem a tua energia. Se possível faz o exercício sem nada calçado, ou com uma sola bastante fina. Ainda sem sair do lugar, mexe os dedos dos pés, activa a tua raíz, sente o chão por baixo da sola dos teus pés.
  4. Neste ponto a tua respiração já deve estar mais suave e longa e o início da caminhada deve responder à mesma cadência da respiração. Passos demorados, com calma, e respeitando o teu ritmo. A cada movimento foca os teus sentidos num cheio, numa cor, num som… Permite que eles comuniquem livremente contigo.
  5. Sem dar conta o espaço começa a vibrar contigo e os pensamentos em cascata agora são apenas um riacho suave e gentil. Se algum pensamento ou pessoa persistir na tua mente não o rejeites, mas também não o alimentes. Pergunta apenas “não vou lidar contigo agora, mas o que realmente me preocupa tanto face a isto?”, tentando não examinar a situação em si mas sim o fundamento. Ansiedade? Algum receio? Uma preocupação? Seja o que for agora é o momento de viver este local e viver o teu corpo.
  6. Permanece o tempo que sentires que deves, terminando conforme começaste, agradecendo. Olha em redor para os novos detalhes que viste. Olha para ti e sente a diferença no corpo e na respiração.

Este é um exercício genérico e poderás adaptar e editar a teu gosto, desde que te permitas sempre à criação da ligação com a mãe natureza. Lembra-te sempre que a mãe natureza dá sempre todas as hipóteses para que a energia flua, as respostas cheguem e que a vida aconteça em harmonia.

Raios cósmicos

Raios cósmicos

Há algum tempo atrás comecei a escrever e a estudar mais coisas sobre a cor, as suas possibilidade de expressão na natureza e a energia que transportam consigo.

Nesta publicação sobre a cor, eu já descrevia alguns dos processos físicos que envolvem a visualização e absorção das cores. Mas senti que devia falar um pouco mais, de forma mais clara e com maior detalhe.


As cores que vemos (e as que não são visíveis para nós humanos) são variações de comprimentos de onda. Como poderás ver mais em baixo no gráfico, o maior comprimento de onda dá origem às cores mais quentes, assim como o menor comprimento de onda dá origem às cores mais frias. Para lá do espectro visível existem ainda mais ondas como os infravermelhos (com uma energia inferior ao vermelho visível) ou os ultra-violetas (com uma energia superior ao violeta visível).

Se o teu olhar capta uma cor, vamos imaginar o amarelo, significa que o objecto observado está a absorver todos os restantes comprimentos de onda, reflectindo apenas as ondas correspondentes ao amarelo. Este aspecto cria uma interessante análise sobre a lei hermética da correspondência, “o que está em cima é como o que está em baixo. O que está dentro é como o que está fora”, pois cada cor visível tem em si mesma todas as que não estão visíveis aos nossos olhos. Esta é a alquimia da cor, a transformação do espectro total de luz em algo que absorvo internamente e em algo que espelho ao universo.

Imagina agora um cristal vermelho ou laranja, associados normalmente a um aumento de força vital pelo “fogo que transportam consigo”, esse cristal na realidade está a emitir um comprimento de onda com muito pouca energia, mas está a absorver tons de verde, azul e violeta que são um conjunto de comprimentos de onda muito menores transportando consigo muito mais energia. Na realidade ele é um cristal que vai potenciar a tua energia por todo o espectro que absorve e não pela cor visível que reflete.

Esta correspondência entre o que é reflectido e absorvido é extremamente vasta e foi através desta referência lógica que eu próprio comecei a questionar o sistema conhecido de raios cósmicos, divinos ou Cristicos, não retirando o seu sentido ou importância. Aquilo que me questionei foi sempre de onde veio esta escala sequencial que me transporta imediatamente para uma sensação de “este é mais elevado que o outro, e por isso melhor, mais perto da fonte“, naquilo que é a minha vivência deste tipo de energia todos estes raios funcionam numa grande união, não existem separadamente, e correlacionam-se de formas muito especiais.

Prisma Celeste de Cor ©todos os direitos reservados – Atlas do Ser®

Em cima poderás observar aquilo a que chamei Prisma Celeste de Cor, nele estão representadas interações e relações entre os vários comprimentos de onda ou raios cósmicos.

Comecemos pela estrutura base, nele poderás analisar 3 grandes estruturas que apesar de estarem representadas num suporte 2D acontecem na realidade em 3D (ou até 4D). O primeiro triângulo central é o Triângulo primário, ele contém em si as 3 cores primárias que não são obtidas na natureza por meio de mistura mas sim dos pigmentos puros. Estas 3 cores trazem consigo a energia da Santíssima Trindade, espelhando corpo, mente e espírito, ou se quisermos, a força anímica , o amor incondicional e a consciência divina. Estas são as forças primordiais que dão forma ao nosso mundo e à nossa vida. Neste primeiro triângulo também podemos criar a relação física da representação das 3 grandes forças, força gravitacional, força eletromagnética, força nuclear. No Triângulo secundário temos os raios/cores que são um produtos dos primários, sendo que estes podem surgir em muito mais tons do que aquilo que está representado de forma esquemática na imagem em cima. Neste triângulo temos as nuances e a permeabilidade das cores, representando a transformação física, a sanação e a transmutação entre dimensões e planos, todos os aspectos de cruzamento e passagem dos planos da tríade inicial. Envolvendo estas formas teremos então o Prisma etérico, o conjunto que vai trazer o brilho, a luz ou a sombra. Este conjunto não representa cores mas sim a escala de luminosidade e intensidade, operando sempre em conjunto com as restantes cores/raios. A luminosidade da cor é um factor muito importante pois quanto mais clara é mais estará a reflectir, da mesma forma que quanto mais escura é mais estará a absorver outras cores. Para finalizar temos o ponto central, a onda iridescente que na realidade não é um comprimento de onda em concreto mas sim a representação singular da conjunção de todos os raios. Ele é o todo e por isso ele não existe na realidade no centro deste prisma mas ele é o próprio prisma.

Explorando agora de forma mais individual cada cor, raio ou comprimento de onda.

Triângulo primário

Azul, o ponto alto deste triângulo é a cor predominante no nosso meio ambiente, reflectida nos mares e no céu, representando esta quase omnipresença que desenha a linha do horizonte. É uma cor que nos ajuda a absorver ou integrar a nossa acção e emoção, cria uma consciência ampla. As várias luminosidades possíveis podem trazem a sensação de grande conhecimento ou profunda ansiedade e incompreensão.

Magenta, o raio que absorve mais energia activa à sua volta, ligada à emoção aos sentimentos e ao amor. Este raio faz com que nos liguemos às pessoas e situações através das emoções. Ele pode surgir de forma luminosa, mais rosado, integrando o amor incondicional por aquilo que é visível e invisível, ou pode surgir mais escuro quando as emoções não são fluídas criando repressão e até raiva.

Amarelo, o raio que nos liga ao plano físico, ao sol que aquece a pele e faz florescer as plantas. É um raio que nos faz recordar os processos físicos assim como as necessidades do corpo, o movimento e a ligação à terra. De forma luminosa ele transporta consigo a confiança e o auto-conhecimento físico, mas se for mais carregado começa a ser um alerta para a falta de confiança, medos, indecisões.

Triângulo secundário

Violeta, a mistura do azul e do magenta, transporta consigo o plano da mente e do coração, transformando emoções e consciências, abrindo espaço no nosso coração para que nenhuma memória nos bloqueie o pensamento ou os sentimentos. Permite que vivamos experiências transpessoais.

Verde, a sanação que se dá quando o físico (amarelo) se mistura com o mundo divino (azul). Esta cor mistura aquilo que é visível com o invisível, unindo e trazendo clareza ao processo. Transforma qualquer vibração mais lenta num processo mais fluído e natural, desbloqueando e dissipando comprimentos de onda mais longos.

Laranja, a transformação do meio e do mundo através da paixão e da consciência da matéria. Misturando a paixão magenta com a consciência material do amarelo abrimos espaço à transformação do meio físico à nossa volta. Damos força à criatividade e à experiência terrena plena de sensações.

Prisma etérico

Branco, a sua luminosidade faz com que não absorva praticamente nenhum comprimento de onda, reflectindo tudo à sua volta. É sem dúvida uma boa vibração para reflectir a luz primordial, contactando a fonte. A precaução a ter é que o abuso desta vibração poderá privar o nosso ser de aprendizagens mais profundas e necessárias.

Preto, a absorção total dos vários raios. É uma boa forma de absorver os processos e integrar no nosso âmago as realidades que nos são externas. Ainda assim é necessário precaução para não absorver também o que não será para nós.

Dourado, é uma cor que deriva do amarelo, mas com mais brilho, um salto quântico no amarelo. Por isso entendo o dourado como a mais profundo casamento interno, entre o nosso ser primordial e o cosmos divino, o reconhecimento das nossa capacidades não só nesta dimensão como noutras, o acesso a um poder pessoal para lá do campo do que é visível.

Prateado, é um tom que para mim deriva do cinza (preto mais branco), mas numa dimensão superior, logo é a calibração profunda, é a liga orientadora interna e externa. Na luz prateada não à divisão de cor, é o verdadeiro ponto de equilíbrio da nossa consciência universal.

Apesar de especificar cada raio/cor relembro que (na minha experiência pessoal) todos funcionam em uníssono, nunca surgindo de forma isolada. Tudo o que está à tua volta é um equilíbrio de variados factores, e este tema também funciona dessa forma.

Portais energéticos

Portais energéticos

Vamos esquecer por momento a dimensão espiritual/energética que envolve a questão dos portais energéticos, e permite-te viajar até às imagens dos livros de ciências que tinhas há uns anos atrás. Neles podes ver aqueles maravilhosos “cortes” da crosta terrestre que te vão ajudar a imaginar que até a montanha mais firme tem correntes de lava que fluem na sua base, lençóis freáticos que correm no seu interior, sedimentos que se depositam no topo, para não falar na camada em constante transformação por todos os seres que a habitam.

Não será de estranhar por estes vários fenómenos que cada lugar tenha uma energia diferente, um magnetismo distinto. Por baixo dos nossos pés circulam livremente rios subterrâneos que transportam minerais e toda a purificação natural da água, estes lençóis freáticos provocam muitas alterações à paisagem na superfície pois trazem com eles os minerais que algumas espécies de plantas necessitam para se desenvolver, ou que não permitem que outras se desenvolvam tanto, moldando a flora local. Noutro ponto mais profundo, temos as correntes de lava que modelam e regeneram a própria crosta terrestre, no fogo constante da transmutação estas correntes não só são capazes de destruir como de criar novos cristais, empurrando-os à superfície para que transportem consigo a capacidade de inspirar e transformar a energia à nossa volta.

Estas variáveis são factores que geram sinais subtis que nos fazem dizer “sinto-me bem aqui” quando chegamos a uma nova paisagem nunca antes vista, e foram também factores importantes para a fixação de muitas populações ancestrais, tornando alguns locais ideais para a fixação das populações.

A nossa utilização da energia dos locais também os vai transformando ao longo dos tempos. Um local perfeitamente equilibrado se for sempre usado para despejar lixo, seja ele físico ou energético, acabará por se ir transformando. E esta transformação pode acontecer ao longo de séculos, marcando vínculos fortes com determinadas energias, ou pode ser algo mais subtil, acontecendo o longo de uma vida ou geração.

Os locais de culto, sagrados ou de transformação profunda ao nível energético, são fortes conjugações entre o mundo natural, etérico e os usos que tem tido ao longo dos anos. O magnetismo dos locais atrai não só o ser humano curioso e atento às energia à sua volta, como atrai também entidades de outras dimensões visto que nestes locais os planos ficam mais fáceis de aceder e cruzar, por sua vez é mais simples materializar neste plano informações provenientes de planos paralelos.

Existem locais onde se cruzam correntes energéticas fortes sem sofrerem alterações ao longo de milénios, tornando-os locais de profunda conexão, e pela sua força e constante fluidez foram escolhidos muitos deles para albergar muitos dos templos etéricos regidos pelos grandes mestres e arcanjos.

Como todos sabemos o planeta tem sofrido muitas mudanças climatéricas assim como energéticas, e estas correntes, portais e templos podem ser alterados ou até suprimidos pois tudo na vida é possível de transformar. Este factor abre porta a alguns eventos que a meu ver são muito importantes: As grandes fontes de energia e sabedoria estão a mudar à medida que os povos presentes na terra evoluem, alterando os portais geograficamente; Certos pontos importantes para a ancoragem de energias ancestrais estão a ser transformados e/ou desligados ao mesmo tempo que novas localizações estão a ser preparadas para emergir; tu só serás chamada/o aos locais que a tua alma necessita; aproveitando as correntes subtis que a natureza te fornece é possível ligares o teu ser a este pontos, em respeito e comunhão com a natureza.

Estas são algumas observações pessoais sobre este tema, muito mais poderá ser dito e considerado pois a malha energética da terra é complexa e muito dinâmica. Sente-te livre para comentar e acrescentar pontos a esta observação.

Maha Shivaratri, a noite de Shiva

Maha Shivaratri, a noite de Shiva

Maha Shivratri é a noite de adoração a Shiva, que ocorre na 14ª noite de lua nova, durante a noite escura do mês de Phalguna (mês que calha entre Fevereiro e Março do calendário gregoriano). Cai numa noite sem lua de fevereiro, quando se oferece uma oração especial ao senhor da destruição.

O Shivaratri (“ratri” em sânscrito significa ‘noite’) é a noite quando o Shiva dança a Tandava a dança da Criação, preservação e destruição. O festival é observado durante um dia e uma noite repleto de oferendas, mantras e celebrações.

Este dia/noite também está associado ao momento em que Shiva terá absorvido o veneno criado por deuses e demónios para destruir todo o mundo, ficando com o veneno preso na garganta para não o engolir, salvando o mundo e ganhando a tonalidade de pele azul.

Acredita-se que qualquer um que profere o nome de Shiva durante Shivaratri com devoção pura é libertado de karma pesado que possa ter, abrindo caminho à transformação. Assim, alcançando a morada de Shiva e liberado do ciclo de nascimento e morte é possível renovar na totalidade a nossa energia.

A celebração caracteriza-se pela devoção do lingam adorando-o por toda noite. Lingam é o símbolo que representa Shiva, e é normalmente feito de granito, pedra sabão, quartzo, mármore ou metal, este objecto desprovido de grande detalhes é adorado como sendo símbolo essencial da energia masculina universal, e é por esse motivo que é visto durante as celebrações assente numa forma de “língua ou disco”, Yoni, que representa Shakti, a energia feminina e juntos a totalidade da expressão, criação e renovação.

Descrição completa de Lingam e Yoni.

Também são oferecidos os 5 alimentos de imortalidade: leite, manteiga clarificada, iogurte, mel e açúcar, que são colocados diante do lingam. A vigília durante a noite é mantida com o conto de histórias e canções, e é quebrada somente na manhã seguinte.

Como sabem não sou Hindu, e por isso não irei praticar uma vigília, mas a energia nos últimos dias tem estado a mudar, e neste próximo dia 4 de Março irei dar força a esta capacidade transformadora, vivendo a unidade masculina e feminina, a força impulsionadora e a receptividade na totalidade.

Encontra nestas palavras aquilo que a tua alma está a precisar e deixa-te levar para o teu ritual pessoal.