Navegar sem luz guia – Eclipses de 2020

Navegar sem luz guia – Eclipses de 2020

Podemos olhar sem ver, observar de forma leve o impacto do Sol e da Lua sobre os nossos dias, mas não podemos negar esta influência celeste sobre nós. A forma como o Sol nos permite ver mais além, ele que aquece o corpo e dá esperança à alma, ou como a Lua incha os corpos e eleva as emoções. A cada eclipse estes pontos orientadores desaparecem dos céus, há uma bússola interna que perde o norte.

A Lua cria os ciclos das águas, remexendo os lagos emocionais e resgatando as memórias esquecidas. Ela é a o sonho e a promessa de que o Sol amanhã voltará a brilhar. Com a lua a iluminar a noite decidimos caminhar no medo e no escuro, pois sabemos que o luar nos guiará de forma intuitiva.

Quando o Sol nasce no horizonte traz consigo a visão longínqua, e a perspectiva daquilo que está distante e no futuro. Ele é o brilho primordial que permite a clareza da mente e da razão. Aquele que não deixa nada por expor.

Durante qualquer eclipse estamos a ser expostos à falta de orientação no céu, tanto diurno como nocturno, vivendo momentos mais tensos ou confusos. Cada eclipse é sentido de forma diferente, consoante o signo onde está e aquilo que desperta em ti, mas o ponto comum é estar a navegar sem norte.

Durante os eclipses lunares é frequente que a dúvida ou a tensão seja mais relacionada com as emoções, as memórias passadas ou coisas que nos apaixonam e que nos fazem sonhar. Já nos eclipses solares os questionamentos vão de encontro com objectivos concretos de vida, projectos futuros, exposição e afirmação.

Tenta viver suavemente estes períodos, sabendo que não só tu mas todos estão mais sensíveis em determinados pontos. Aproveita para observar mais e agir um pouco menos de modo a reparar que padrões estão a emergir. Os maiores desafios vão ser sinais claros daquelas que são as tuas áreas mais frágeis, o que poderá ser uma benção se quiseres realmente melhorar esses aspectos na tua vida.

Anota as datas dos eclipses destes ano, (que vão ser bastantes!) pois eles vão forçar muitas mudanças internas e externas em nós e na sociedade. Sem medos vamos abraçar cada mudança e não tenho dúvidas que será um ano repleto de boas novidades.

  • 10-01-20 – eclipse lunar – em Caranguejo
  • 05-06-20 – eclipse lunar – em Sagitário
  • 21-06-20 – eclipse solar – em Caranguejo
  • 05-07-20 – eclipse lunar – em Capricórnio
  • 30-11-20 – eclipse lunar – em Gêmeos
  • 14-12-20 – eclipse solar – em Sagitário

Ciclos e rituais lunares

Ciclos e rituais lunares

No passado dia 4 de Fevereiro, estivemos com a influência de uma lua nova em aquário e é cada vez mais natural que o “comum mortal” esteja a par destas mudanças e destes ciclos, estamos numa sociedade cada vez mais atenta. Não só há mais informação a circular, como noto que há uma maior abertura das pessoas a sentir as suas transformações pessoais, de forma muito individual.

Eu já fiz vários pequenos rituais nestas ocasiões (luas cheias ou novas), coisas simples para semear, nutrir, agradecer, ou libertar de situações e emoções, e só depois de algumas experiências é que fui entendendo aquilo que me faz sentido fazer e viver nestes dias em particular.

A mescla de informação que recebemos sobre os movimentos astrais, dias portal, e outras mensagens de momentos energeticamente mais intensos, são cada vez mais frequentes e é necessário que cada um de nós sinta aquilo que realmente precisa e que faz sentido. Ontem a lua nova foi em aquário com o Sol e Mercúrio também em aquário, e a título pessoal, foi uma lua de cuidado interno e reforço de confiança pois têm acontecido muitas alterações à nossa volta e é importante validar estes processos internamente. Existem temas que achamos que já estão tratados mas falta aquela certeza profunda de que está mesmo fechado, nesse sentido a lua nova é um bom momento para confirmar tudo isso, reforçando a confiança nos próximos passos a dar!

Encontra a paz contigo. A cada lua nova a noite fica mais sombria, e sem uma luz guia no céu é necessário ver através de todos os outros sentidos, fechar os olhos e deixa-te ser guiado apenas pelas centelha que brilha dentro de ti. Cuida da tua energia, mima o teu corpo, respeita as tuas alterações. Se fizer sentido para ti acende uma vela ou um incenso, toma um banho demorado, toma um chá diferente, algo que mime o teu espaço, o teu ser e o teu corpo, sem grande rituais mas com aquilo que a tua alma pede e precisa.

Divagações para o Novo Ano Chinês

Divagações para o Novo Ano Chinês

Quero começar este texto com uma nota sobre as referências que cada um de nós vai “bebendo” ao longo da vida.

É perfeitamente natural pesquisarmos os mais variados temas em diversos autores, pontos de vista ou tentar ir o mais próximo possível da “fonte” de informação. Após a recolha e tratamento de toda a informação que pesquisamos a questão seguinte é: que atitude tomar após a clivagem da matéria que recolheste?! Não se trata de suprimir a informação anterior e substituir por uma nova informação, mas sim mesclar ambas, tornando a mente mais plástica a entender algo que poderá ter múltiplas versões de si mesmo.

Criei esta pequena introdução porque vejo muitas pessoas (e vou revendo partes de mim nelas) a seguir linhas dispares de pensamento e credo como se fossem marés. Não é algo terrível, mas é algo que pode gerar uma falta de auto-questionamento, procurando sempre uma resposta alternativa quando a primeira não serviu bem o nosso propósito inicial.

Isto para vos falar um pouco sobre o Ano novo Chinês que será celebrado muito em breve. No próximo dia 5 de Fevereiro, ou de 4 para 5 para ser mais específico, entraremos no ano do Porco, regido pelo elemento Terra. O horóscopo chinês é algo que sempre me prendeu a atenção, contudo não é algo que siga com a maior das insistências. A mudança de ciclo, a passagem do ano, a renovação dos nossos votos e metas, acontece porque há algo dentro de nós que precisa desse movimento, os astros ou as energias à nossa volta apenas podem ajudar a empurrar a nossa vontade de forma mais rápida ou mais demorada. O que é facto é que apesar de não saber muito sobre o horóscopo chinês, nunca senti a passagem de ano acontecer profundamente de Dezembro para Janeiro, sempre senti mais tarde, mais perto das datas efectivas do calendário chinês. Foi sempre algo que o meu corpo pedia.

Segue os ciclos naturais que mexem com a tua pele e as tuas entranha, não os que vêm descritos nos livros e calendários. É um ciclo lunar, solar, maia ou chinês? não interessa a etiqueta com que surge, interessa sim que o teu corpo vibre com essa mudança e se integre na sua verdade.

Como a minha instrutora de pilates diz “tens que fazer o movimento na mesma cadência com que respiras”, e por isso deverás honrar o teu corpo e a tua transformação pessoal conforme a tua própria respiração, com a tua vibração única.

Ainda assim, falando um pouco sobre a energia do ano do Porco, que dizem ser um ano muito positivo para a confiança financeira por exemplo. Com o bom e o mau que essa confiança tem, pois se por um lado a confiança financeira nos faz arriscar mais em projectos que poderiam noutra fase estar apenas em análise, também nos dá oportunidade de enfrentar uma confiança desmedida ou infundada sobre as nossas reais capacidades. Já nos relacionamentos é o últimos dos signos e por isso é aquele que garante a maturidade emocional, fechando aquilo que realmente não deve ser repetido e avançando para voos mais altos, mais certeiros, mais autênticos.

Mas escolhe ignorar tudo isto tudo se quiseres, e permite que o teu corpo diga aquilo que precisas rever, onde precisas arriscar, ou o que precisas atrair para ti agora.

Saturnália!

Saturnália!

Saturnália, é o festival de Roma Antiga que está quase aí à porta, mas porque estou a falar nisto agora? Há muito tempo que não me tenho limitado a debitar informações vagas sobre os assuntos que me vão chegando, e tenho me deixado levar pelos fundamentos e origens de cada assunto. Este texto na realidade poderia ser sobre Yule ou o Solstício de Inverno, pois foi aí que ele nasceu, mas ao longo da minha investigação deparei-me com a história romana da Saturnália que ressoou muito em mim e partilho convosco.

Esta época festiva foi instituída por volta de 217 a.c. mas os dias festivos que nela se podem incluir já existiam anteriormente. Esta época é iniciada a 17 de Dezembro e termina a 23 de Dezembro, dentro destes dias podemos observar vários rituais e hábitos em torno de Saturno e outras divindades que estão relacionadas a ele, tal como os seus filhos ou Ops sua mulher, ainda assim Saturno é sempre a figura chave, que dá inclusive o nome à época.

Saturno, o Deus do Tempo, assim como das colheitas, e fortunas conquistadas, é uma figura muito retorcida que chega a devorar os seus filhos com receio de que o destronem no futuro. Sendo que por outro lado ele surge nas histórias da região de Lácio como responsável pela chegada da Idade de Ouro, onde transmite sabedoria e conhecimentos únicos para todo o povo de modo a que consigam cultivar as melhores colheitas. Temos então duas imagens distintas do Tempo, a imagem destrutiva que se crescer em medo pode devorar os próprios filhos/sonhos, ou a imagem geradora capaz de agregar conhecimento e aprendizagens para melhorar a forma como crias, vives e te sustentas. Transporta esta imagem para a gestão do teu próprio tempo no ano de 2018, visto que este é o festival que vem fechar os ciclos anuais, e poderás verificar muita desta acção de Saturno sobre a tua vida. Quando é que “devoras-te os teus sonhos com medo?” ou “quando é permitis-te que a sabedoria ancestral te guia-se a novos horizontes”

Dentro deste período, por não-acaso, está o conhecido Solstício de Inverno, marcando o dia mais curto do ano. O Sol termina um ciclo de constantes renovações, fazendo uma última vénia ao planeta e deixando-nos na sombra durante mais tempo que o habitual, antes de renascer com mais força e voltarem a crescer o número de horas de sol! Este dia (21 de Dezembro) é extremamente importante dentro da própria simbologia da Saturnália, onde mais uma vez se fala de celebrar os feitos, glórias e colheitas do ano, em honra de mais um ano onde aplicaremos toda a nossa sabedoria ancestral de forma melhorada e diferenciada.

Proponho que durante este período (de 17 a 23 de Dezembro) faças algumas reflexões sobre estes temas, momentos meditativos ou até pequenos rituais de celebração de tudo o que conseguiste desenvolver e aprender, e reserva também tempo para pensar em como é que vais aplicar tudo o que aprendeste até aqui, agora de forma ainda mais direccionada! Não é necessário um grande ritual ou banquete romano, é preciso apenas que sintas que faz sentido para ti.

A ti que estás desse lado, desejo-te uma Saturnália cheia de emoção e concretização. E que todos os feitos de 2018 te inspirem a elevar ainda mais a esperança num 2019 brilhante, para ti, para os teus, e para todo o planeta.

Sincronário Maya – Um novo olhar sobre os ciclos naturais

Sincronário Maya – Um novo olhar sobre os ciclos naturais

O sincronário Maya foi sempre algo que chamou por mim, como se nenhum dos seus símbolos fosse na realidade novo, e por esse motivo este ano foi o ano de conhecer em maior profundidade este sincronário.

Este sistema está regulado intimamente com todos os ciclos naturais, tanto o solar como o lunar, e esta mistura garante influências muito concretas ao longo dos nossos dias. Acredito que tudo se encontra ligado de formas mais ou menos visíveis e por isso o nosso corpo é na realidade parte integrante de uma série de linhas de forças universais. A cada década que passa estamos a caminhar para um conhecimento mais holístico e mais universal, e aos poucos vamos chegando às respostas cientificas para todos estes fenómenos, até lá vamos ficando atentos através das técnicas dos nossos antepassados.

É fantástico entender a forma natural e cíclica como tudo se vai desenrolando, em forma de ondas universais, todo o universo vai reverberando em nós e no nosso meio ambiente. O sincronário é apenas uma forma de entender o universo, pois colado lado a lado com outros sistemas, todos temos formas diferentes de ver os mesmos fenómenos.

Entender as alterações à nossa volta, é também entender as nossas próprias flutuações, e começamos a aprender a navegar cada uma destas ondas. Cada vez mais entendo que não somos “um signo”, somos um ser que surge numa determinada vibração estanque, e que portanto somos seres que chegam para navegar esta onda cósmica, mesmo que com mais ou menos consciência do processo evolutivo a longo prazo.

Não posso deixar escapar também o facto de estar a escrever este texto dias antes do “dia fora do tempo“, 25 julho, o dia em que o calendário termina e começa. Um dia para estar em equilíbrio e comunhão com tudo e com todos, como um só. Mais do que fazer planos para o ano seguinte, é um bom dia para entender qual é o nosso papel diferenciador no mundo que nos rodeia.

E contigo, que ferramenta comunica naturalmente com a tua alma?

Solstício – dia 21 junho 2017

Solstício – dia 21 junho 2017

Na astronomia, solstício (do latim sol + sistere, “o Sol que não se mexe”) é o momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador.

Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em dezembro e em junho. O dia e hora exatos variam de um ano para outro. Quando ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano. Analogamente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite é a mais longa do ano.

No hemisfério norte o solstício de verão ocorre por volta do dia 21 de junho e o solstício de inverno por volta do dia 21 de dezembro. Estas datas marcam o início das respectivas estações do ano neste hemisfério. Já no hemisfério sul, o fenômeno é simétrico: o solstício de verão ocorre em dezembro e o solstício de inverno ocorre em junho. Os momentos exatos dos solstícios, que também marcam as mudanças de estação, são obtidos por cálculos de astronomia

Em várias culturas no nosso planeta esta data era celebrada para comemorar a chegada do verão, do Sol Vencedor, altura de mudança de colheitas, começamos a preparar as nossas reservas para o inverno, aceitando e recolhendo todos os frutos do nosso trabalho. Celebrado com vários rituais conforme as suas crenças.

Nas linhas dos círculos polares Ártico e Antártico, os solstícios marcam o único dia do ano em que o dia ou a noite duram 24 horas ininterruptas considerando a estação do ano: verão ou inverno, respectivamente

Criem o vosso próprio ritual de conexão com a terra agradecendo a colheita da primavera, semeando novos sentimentos e pensando no que realmente precisamos manter para enfrentar o inverno.