Sempre que falo de libertação ou desapego tendencialmente a nossa mente vai buscar pessoas, objectos ou situações que nos parecem ser mais desgastantes. Contudo existem processos que não são para estares presente, situações de amigos, colegas ou até família que nos vão circulando e roubando atenção daquilo que deve ser realmente o teu maior foco.

É fantástico ser solidário e apoiar quem nos rodeia, mas cuidado com a forma como nos entregamos a esta ajuda. Por vezes, sem dar conta, começamos a envolver demasiado a nossa energia em torno dos problemas dos outros, e aquilo que parecia apenas uma ajuda começa a ser um factor constante de distração do nosso propósito pessoal.

Esta transferência de foco pode ser muito subtil e aparentemente inofensiva enquanto está a acontecer, normalmente a queda acontece quando existe uma diferença no processo, ou nos exigem alguma responsabilidade extra, ou perdemos a ligação à pessoa ou acontecimento. Nesse momento damos conta que estivemos a ignorar os nossos reais objectivos e que fugimos de nós.

Aprender a lidar com os desafios dos outros é aprender a lidar com as nossas necessidades internas em equilíbrio.